O homem é também visado num inquérito-crime sobreagressões a uma utente luso-colombiana dos transportes públicos do Porto, na madrugada de 24 de junho de 2018, por alturas dos festejos de São João..No caso hoje julgado, o Tribunal Criminal do Bolhão, no Porto, condenou-o a cinco meses de prisão, que converteu em multa de 900 euros, por ofensa corporal simples, e no pagamento de uma indemnização de 500 euros ao ofendido..Para a fixação da pena, contribui, como agravante, a circunstância de se tratar já da segunda condenação do arguido pelo mesmo motivo..O episódio agora sentenciado ocorreu em novembro de 2017, na estação de Metro do Heroísmo, com uma altercação entre o sexagenário e o segurança, que na altura estava a fiscalizar a validade dos títulos de transporte no interior de uma carruagem de metro..Na única sessão deste julgamento, em que o arguido esteve ausente, a vítima disse que comprovou ao fiscal que tinha título de transporte válido e que pediu ao interlocutor a identificação para efeitos de participação dos factos à empresa, por não gostar da forma como foi tratado..A identificação terá sido recusada por duas vezes, uma delas já na estação do Heroísmo, onde o sexagenário acabou por ser "agarrado pelas costas, atirado ao chão e [o segurança] caiu em cima dele", declarou uma das testemunhas chamada a tribunal..Embora validasse a acusação de ofensa corporal simples, o tribunal disse não ter reunido provas de que o segurança tenha recusado identificar-se, o que configuraria a prática de uma contraordenação grave..Nas alegações finais deste processo, o advogado do sexagenário sublinhou não só os antecedentes criminais do arguido como o facto de ser visado no inquérito-crime relacionado com a agressão à jovem de ascendência colombiana, Nicol Quinayas, de 21 anos, consumada na madrugada de 24 de junho de 2018 (noite de São João) e alegadamente acompanhada de insultos racistas..A Procuradoria-Geral da República já disse à agência Lusa que o inquérito se encontra em investigação, "não tem arguidos constituídos e está sujeito a segredo de justiça"..Nicol Quinayas, nascida em Portugal, mas de ascendência colombiana, alega ter sido violentamente agredida e insultada na madrugada de 24 de junho de 2018, no Porto, por um segurança então a exercer funções de fiscalização para a empresa STCP..Depois de o caso se ter tornado público, inicialmente pelas redes sociais e depois pelos jornais, a SOS Racismo e vários partidos condenaram a agressão.