Presos iniciaram motim em Izeda, mas já foi travado
Após o almoço reclusos recusaram-se a regressar às celas em protesto contra a falta de tabaco para venda na cantina prisional
Os reclusos que estão no Estabelecimento Prisional de Izeda (Bragança) não quiseram regressar às celas ao final da manhã desta sexta-feira (dia 28), segundo soube o DN. De acordo com as informações recolhidas os guardas prisionais que estavam de folga foram chamados para se apresentarem ao serviço.
ADireção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais nega esta informação. "Não se passa qualquer revolta em Izeda. Apenas alguns presos queimaram uns papéis num caixote que foi apagado. Está tudo calmo", disse ao DN o diretor geral, Celso Manata.
Segundo as informações recolhidas junto de fonte sindical os presos não aceitaram voltar às camaratas após o almoço protestando contra a falta de tabaco para venda na cantina prisional - a quantidade autorizada para esta semana já estaria esgotada. Os prisioneiros terão também provocado um incêndio.
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Atualmente decorre um período de greve marcada pelo Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional que se iniciou a 15 de dezembro e terminará a 6 de janeiro. É o último depois de um mês de dezembro marcado por várias paralisações, neste caso marcadas pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
A prisão de Izeda é considerada de elevado grau de complexidade e os presos que ali estão são oriundos da região norte, maioritariamente do Grande Porto, segundo a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
Esta situação ocorre depois de um período de relativa acalmia nas prisões que se seguiu aos protestos que aconteceram principalmente no Estabelecimento Prisional de Lisboa devido à proibição de os presos terem visitas devido à greve dos guardas prisionais. O que levou inclusive a uma decisão de um colégio arbitral que decidiu que os familiares dos presos tinham direito a uma visita no fim de semana antes do natal.