Portugal ultrapassa os 100 mil casos de covid. Há mais 1949 infetados em 24 horas
Portugal ultrapassou, esta segunda-feira, os 100 mil casos de covid-19, desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 1949 novos infetados pelo novo coronavírus e morreram mais 17 pessoas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira (19 de outubro).
No total, desde março, registaram-se 101 860 casos, 2 198 vítimas mortais e 59 966 pessoas recuperaram da doença (mais 966 no último dia).
Neste momento, há 39 696 doentes ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde, mais 966 do que ontem.
A maioria dos infetados das últimas 24 horas localiza-se na região do norte (mais 987 - 50,6% do total) e em Lisboa e Vale do Tejo (749 - 38,4%). Seguem-se o centro (mais 133), o Alentejo (35), o Algarve (32), os Açores (sete) e a Madeira (seis).
Na semana que terminou ontem (de 12 a 18 de outubro), o país bateu recordes sucessivos do número de casos de covid diários, tendo chegado a atingir as 2608 infeções, na sexta-feira. Nos últimos sete dias contabilizaram-se 13247 novos casos, o que dá uma média diária de 1892 infeções.
Apesar de em termos absolutos nunca ter havido tantas infeções pelo novo coronavírus no país, a taxa de positividade dos testes de rastreio à covid já foi mais elevada em abril, uma vez que o número de exames também está a aumentar. Ou seja, estão a ser detetados mais doentes ligeiros e até assintomáticos. A taxa de positividade desta semana ronda os 6,4%, enquanto em abril esta já chegou a atingir os 9%.
Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, a diretora-geral da Saúde, admitiu que "há uma grande transmissão comunitária do vírus", mas que até agora ainda é possível, em 59% dos casos, saber qual a origem da contaminação, ou seja, quem foi o transmissor. Graça Freitas fala numa percentagem "francamente positiva" de rastreios de contactos bem sucedidos, apesar de esta ser "uma situação que se pode alterar de um dia para o outro".
Questionada sobre uma possível ligação entre o início do ano letivo presencial e o aumento de novos casos, a responsável pela DGS disse não existir nenhuma relação conhecida. Os casos que têm aparecido nas escolas são "isolados" e, na sua maioria, "de origem familiar ou social".
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Esta segunda-feira, estão internados 1 174 doentes, ou seja, mais 88 do que no dia anterior. Já nos cuidados intensivos há agora 165 pessoas - mais dez que na véspera.
O boletim da DGS de hoje indica ainda que as autoridades de saúde estão a vigiar 55 425 contactos de pessoas infetadas (mais 574 do que ontem).
Os 17 óbitos registados nas últimas 24 horas distribuem-se pelas do norte (12), Lisboa e Vale do Tejo (três) e pelo centro (dois).
As vítimas mortais são dez homens e sete mulheres. Entre estas, havia 12 pessoas com mais de 80 anos, três entre os 70 e os 79 e duas entre os 60 e os 69.
A taxa de letalidade global do país é hoje de 2,16%, subindo aos 11,9% no caso das pessoas com mais de 70 anos - as principais vítimas mortais.
O novo coronavírus já infetou mais de 40,3 milhões de pessoas no mundo inteiro até esta segunda-feira e provocou 1 118 869 mortes, segundo dados oficiais, atualizados às 10:13. Há agora 30,1 milhões de recuperados.
No total, os Estados Unidos da América são o país com a maior concentração de casos (8 388 013) e de mortes (224 732). Em relação ao número de infetados acumulados no mundo, seguem-se a Índia (7 550 273), o Brasil (5 235 344) e a Rússia (1 415 316). Portugal surge em 46.º lugar nesta tabela.
Quanto aos óbitos, depois dos Estados Unidos, o Brasil é a nação com mais mortes declaradas (153 905), seguidos da Índia (114 642) e do México (86 167).