Portugal regista mais 14 mortes por covid-19, número mais alto desde 1 de junho

O boletim epidemiológico da DGS de hoje refere ainda que foram confirmados mais 427 casos de infeção pelo novo coronavírus e que estão hospitalizados 732 doentes (mais 31 do que ontem), 104 destes nos cuidados intensivos (menos dois).
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Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais 14 pessoas por causa da covid-19, o que não acontecia desde o dia 1 de junho, quando foram notificados também 14 óbitos. Por outro lado, o número de casos confirmados desceu: há mais 427 infeções pelo novo coronavírus (um aumento de 0,53% em relação ao dia anterior).

Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira (6 de outubro), no total, desde que a pandemia começou, registaram-se 80 312 infetados, 50 712 recuperados (mais 258) e​ 2032 vítimas mortais no país.

A maioria dos 14 óbitos ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo (dez). Houve ainda três mortes no Norte e uma no Centro.

As vítimas mortais são oito homens e seis mulheres. Entre estas, havia oito pessoas com mais de 80 anos, duas entre os 70 e os 79 e quatro entre os 60 e os 69 anos.

A taxa de letalidade global do país é hoje de 2,53%, subindo aos 13,2% no caso das pessoas com mais de 70 anos - as principais vítimas mortais.

Há, neste momento, 27 568 doentes portugueses ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde, mais 155 do que ontem.

A maior parte dos casos diagnosticados no último dia encontram-se na região do Norte (mais 231 - 54,1% do total diário) e em Lisboa e Vale do Tejo (mais 131 - 30,7%).

Seguem-se as regiões Centro (mais 35 casos), Alentejo (mais 15), Algarve (mais nove), Madeira (mais cinco) e Açores (mais um).

Estão internados 732 doentes, ou seja, mais 31 do que no dia anterior. Já nos cuidados intensivos há agora 104 pessoas - menos duas do que na véspera.

O boletim da DGS de hoje indica ainda que as autoridades de saúde estão a vigiar 46 437 contactos de pessoas infetadas (mais 165 do que ontem).

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O novo coronavírus já infetou mais de 35,7 milhões de pessoas no mundo inteiro até esta terça-feira e provocou 1 046 663 mortes, segundo dados oficiais. Há agora 26,8 milhões de recuperados.

No total, os Estados Unidos da América são o país com a maior concentração de casos (7 679 908) e de mortes (215 039). Em relação ao número de infetados acumulados no mundo, seguem-se a Índia (6 687 247), o Brasil (4 940 499) e a Rússia (1 237 504). Portugal surge em 51.º lugar nesta tabela.

Quanto aos óbitos, depois dos Estados Unidos, o Brasil é a nação com mais mortes declaradas (146 773), seguidos da Índia (103 629) e do México (79 088).

À medida que a pandemia continua a avançar, sem uma perspetiva clara sobre quanto tempo poderá levar até existir uma vacina segura e que possa ser distribuída em massa, as populações acusam o cansaço desta nova forma de viver.

"Com base nos dados agregados na pesquisa dos países desta região [europeia], podemos notar, sem surpresa, que o cansaço dos entrevistados está a aumentar. Estima-se agora que tenha atingido mais de 60% nalguns casos ", admitiu, nesta terça-feira, o diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, numa nota em que sublinha que as populações fizeram "imensos sacrifícios" durante oito meses, desde que foram detetados os primeiros casos de covid-19.

Para combater este "cansaço", defende o responsável, as autoridades devem ouvir a população e criar com ela as respostas para continuar a lutar contra a pandemia do novo coronavírus, cujos níveis de transmissão continuam elevados em toda a Europa. "Temos de atender às nossas necessidades de maneiras novas e inovadoras. Sejamos criativos e corajosos para conseguir isso", pede Kluge.

A zona da OMS na Europa, constituída por 53 países, incluindo a Rússia, tem mais de 6,2 milhões de casos oficiais de covid-19 e quase 241 mil mortes, de acordo com a tabela de vigilância da organização.

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