Portugal volta a ultrapassar os seis mil novos casos, nove dias depois
O relatório de situação da DGS revela 6087 novos casos e 72 óbitos nas últimas 24 horas. Há menos 66 pessoas internadas nos hospitais e menos nove nos cuidados intensivos.
Há mais 6087 novas infeções e mais 73 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, segundo os dados do relatório de situação da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste sábado (5 de dezembro).
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Em relação ao dia de sexta-feira, há mais 1152 casos em apenas 24 horas. Aliás, desde o dia 26 de novembro (há nove dias) que Portugal não ultrapassava os seis mil casos diários. No que diz respeito a óbitos, regista-se uma ligeira descida (menos seis) em relação ao dia anterior.
Desde o início da pandemia, Portugal já contabiliza um total de 318 640 infeções e 4876 óbitos.
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Um bom sinal é a contínua diminuição de pessoas internadas, que no relatório da DGS deste sábado atingiu as 66 pessoas que receberam alta hospitalar, estando nesta altura 3229 doentes internados.
O número de doentes em Unidades de Cuidados Intensivos também continua a diminuir, tendo-se registado este sábado nove saídas destes serviços, que comportam neste momento 517 pessoas.
O relatório de situação indica ainda que foram dadas como recuperadas 6165 pessoas.
No que diz respeito ao ponto de situação de cada uma das regiões do território nacional, continua o Norte a ter o cenário mais preocupante, uma vez que nas últimas 24 horas foram contabilizadas 3000 novas infeções, sendo que foram declarados 43 óbitos. Ou seja, mais de metade das mortes ocorridas em Portugal nas últimas 24 horas.
A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1980 novos casos e mais 20 mortos, enquanto a zona centro teve mais 866 novas infeções e oito óbitos.
As regiões do Alentejo e do Algarve registaram um morto cada, além de 106 e 88 novas infeções, respetivamente.
Nas Regiões Autónomas, os Açores contabilizaram 27 novos casos, enquanto a Madeira registou 20. Em nenhuma das ilhas dos arquipélagos foram registadas mortes por covid-19.
Em vigor desde as 23.00 horas desta sexta-feira já está a proibição de circulação entre concelhos no território continental (4 de dezembro), que irá prolongar-se até às 23.59 de terça-feira, uma medida que visa evitar o ajuntamento de pessoas e limitar as fontes de contágio de covid-19.
De acordo com o decreto do Governo estão contempladas 10 exceções a medida prevista no estado de emergência.
É bom lembrar que Presidente da República fez na sexta-feira à noite uma declaração ao país em que explicou a renovação do estado de emergência, aprovado pela Assembleia da República, mas também a perspetiva desta medida de exceção estar já a antever-se para mais duas semanas, pelo menos.
Isto porque, explicou Marcelo Rebelo de Sousa, "prolongar estado de emergência até 7 de janeiro" não é uma questão de "violar a Constituição". O atual estado de exceção terminará no dia 23 e é necessário preparar já o que acontecerá no Natal.
"Em vez de se encarar uma intervenção do Estado quinzena a quinzena, alarga-se a perspetiva para um mês, para que todos saibam com o que podem vir a contar. A procura de um regime menos intenso no Natal permitirá às famílias o tão desejado encontro", disse Marcelo.
Esse período "será uma exceção ao rigor que será aplicado até 7 de janeiro", no entanto, ainda que com contenção. Porque "é preciso prevenir contágios familiares generalizados para evitar uma terceira vaga em janeiro".
"Devemos manter total rigor e total confiança na nossa resistência coletiva", afirmou Marcelo. Até porque, desejou: "Queremos um 2021 que nos faça esquecer este 2020"