Mais recuperados do que novos casos pelo segundo dia consecutivo

Portugal com mais 4868 casos e 87 mortes por covid-19 em 24 horas. O relatório de situação da DGS indica que há também menos 53 pessoas hospitalizadas, mas mais três em unidades de cuidados intensivos.
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Há mais 4868 casos e mais 87 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, segundo os dados do relatório de situação da Direção-geral da Saúde (DGS) deste sábado (28 de novembro). No total, desde o início da pandemia, já foram registados 290 706 casos de covid-19 em Portugal e 4363 mortes.

É o segundo dia com mais mortes diárias, depois das 91 mortes registadas a 16 de novembro.

Este sábado, há ainda mais 6829 doentes recuperados (são já 206 275 desde o início da pandemia), com o número de casos ativos a cair 2048 para os 80 086.

Este é o segundo dia consecutivo onde há mais recuperados do que casos novos. Na sexta-feira, tinha havido 5444 casos novos e 5502 recuperados, além de 67 mortos, para um total de menos 125 casos ativos.

O relatório de situação da DGS indica que há também menos 53 pessoas hospitalizadas (são agora 3155), mas mais três em unidades de cuidados intensivos. Há 529 doentes nesta situação, um novo máximo desde o início da pandemia.

O Norte continua a ser a região mais afetada pela pandemia, com mais de metade dos novos casos (2496 dos 4868) e 42 dos 87 mortos registados nas últimas 24 horas. Na região de Lisboa e Vale do Tejo há mais 1313 casos e 29 mortes. No Centro são mais 775 casos e 11 mortes, no Alentejo mais 127 casos e quatro mortes e no Algarve mais 94 casos e um morto.

Nas ilhas não há mortes a registar, mas os Açores têm mais 39 casos e a Madeira tem mais 24.

Entre as 87 mortes registadas, 48 são de doentes com mais de 80 anos. Houve ainda 24 mortes na faixa etária dos 70 aos 79 anos, mais dez na dos 60 aos 69, mais três na dos 50 aos 59 e mais dois entre os 40 e os 49 anos.

As Unidades de Cuidados Intensivos do país registaram esta sexta-feira o número mais alto de doentes com covid-19 internados até agora, 526, mais dez do que os registados na véspera.

Mas, segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Intensiva, João Gouveia, "o pico nos cuidados intensivos ainda vai ocorrer nos últimos dias de novembro e nos primeiros de dezembro". Isto porque, explicou ao DN, "o internamento em medicina intensiva ocorre entre sete a dez dias dos primeiros sintomas, e ainda não sentimos o efeito do acréscimo de casos da semana passada".

As previsões para os próximos dias são de mais doentes nas UCI". Aliás, sublinha, "as próximas três semanas ou um mês serão extraordinariamente difíceis em termos de medicina intensiva. Por duas razões, porque a pandemia vai continuar e a procura de doentes covid vai aumentar. E porque, e se olharmos para esta semana, há chuva e frio, o inverno está aí e vamos ter provavelmente um acréscimo de outras patologias".

O impacto da vacinação contra o novo coronavírus só deverá sentir-se em Portugal e no mundo no fim de 2021, mesmo que as primeiras pessoas sejam imunizadas no princípio do ano, segundo especialistas ouvidos pela agência Lusa.

Antes de lá chegar, primeiro é preciso haver vacinas suficientes para inocular cerca de metade da população e conseguir o efeito da imunidade de grupo, salientou Joaquim Ferreira, diretor do laboratório de Farmacologia Clínica do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.

"No melhor cenário, eu diria que tendo os grupos de risco vacinados ao longo dos primeiros três meses do ano e depois todos a seguir até julho, agosto, as coisas só começarão a mudar radicalmente a partir do verão. Em outubro será quando as coisas, idealmente, voltarão a uma maior normalidade", vaticinou o também professor de Neurologia e Farmacologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Os 127 concelhos classificados como de risco "extremamente elevado" e de risco "muito elevado" de contágio pelo novo coronavírus voltam a ter recolher obrigatório a partir das 13:00 e até às 5:00 durante o fim de semana e no feriado de terça-feira.

A medida, que já tinha sido aplicada aos concelhos de risco mais elevado de transmissão do novo coronavírus nos dois últimos fins de semana, irá repetir-se no fim de semana de 5 e 6 de dezembro e no feriado de dia 8.

Em todo o território continental é também proibido circular entre concelhos desde as 23:00 de sexta-feira e as 05:00 de quarta-feira, assim como entre as 23:00 de 04 de dezembro e as 23:59 de 08 de dezembro. Saiba quais são as exceções.

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