Portugal com mais 4096 casos de covid-19 e recorde de 63 mortes

O boletim epidemiológico da DGS indica que há mais 129 pessoas hospitalizadas, num total de 2651, sendo que 391 (mais 13) estão em unidades de cuidados intensivos.
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Há mais 4096 casos de covid-19 e 63 mortes em Portugal registadas nas últimas 24 horas, segundo os dados do boletim da Direção-geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira (9 de novembro). É o dia com mais mortes desde o início da pandemia.

Foram contabilizados nas últimas 24 horas 2302 recuperados da doença e​​​​​​ há 2651 pessoas internadas (mais 129 do que na véspera), das quais 391 (mais 13) nas unidades de cuidados intensivos.

No total, desde o início da pandemia, já foram contabilizados 183 420 casos de covid-19 em Portugal e 2959 mortes. Há 78 378 casos ativos, mais 1731 do que na véspera.

É no Norte que há maior aumento de casos (mais 2265) e o maior número de mortes (33), seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com mais 1217 casos e 22 mortes. No Centro há mais 379 casos e cinco mortes, enquanto no Alentejo o aumento de casos é de 148 em 24 horas, havendo também registo de uma morte. No Algarve também morreu um doente com covid-19 e há mais 60 casos.

A última vítima mortal foi registada na Madeira -- é a segunda no arquipélago desde o início da pandemia -- e há mais 11 casos. Nos Açores há mais 16 casos.

Dos 63 novos mortos, 47 tinham mais de 80 anos, sete tinham entre 70 e 79 anos, cinco entre 60 e 69 anos, três entre 50 e 59 anos e um entre os 40 e os 49 anos.

Há 90 088 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, menos 418 do que no boletim da véspera.

Também esta segunda-feira ficamos a saber que a vacina que está a ser desenvolvida pela norte-americana Pfizer e pela alemã BioNTech manifestou ter mais de 90% de eficácia na prevenção das infeções de covid-19 na fase 3 de ensaios clínicos, ainda em curso, anunciou a empresa farmacêutica.

"A proteção nos doentes foi alcançada sete dias após a segunda de duas doses e 28 dias após a primeira, segundo os dados preliminares", indicaram.

Entre os 43 538 participantes nesta fase de testes (nem todos receberam a vacina, uns receberam um placebo), a Pfizer identificou 94 casos de covid-19 positivos, numa percentagem de eficácia superior a 90%.

"Os primeiros resultados da Fase 3 de testes da vacina da covid-19 mostram a prova inicial da capacidade da nossa vacina de prevenir a covid-19", disse o presidente da Pfizer, Albert Bourla.

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Uma "boa notícia" no combate à doença que é dada a conhecer numa altura em que Portugal cumpre o primeiro dia de um novo estado de emergência, que se estende até 23 de novembro, para combater a pandemia de covid-19.

Ao abrigo deste segundo estado de emergência - decreto-lei foi publicado na noite de domingo em Diário da República -, o Governo anunciou para os 121 concelhos com mais casos de infeção o recolher obrigatório, que implica a proibição de circulação na via pública entre as 23:00 e as 05:00 em dias de semana e, nos próximos dois fins de semana, a partir das 13:00. Mas há exceções para esta medida. Saiba aqui o que pode ou não fazer.

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu, esta segunda-feira, a dificuldade de "ter de escolher entre o confinamento de toda a semana ou o confinamento ao fim de semana". "Mas temos de escolher qual é o mal menor", considerou durante a cerimónia de adjudicação da obra do novo Hospital Central do Alentejo.

Um conjunto de medidas mais restritivas que abrangem cerca de 70% da população residente em Portugal. "É duro. Perturba muito a nossa vida. É verdade. Tem custos económicos muito grandes para o comércio, para a restauração, para todos", reconheceu Costa, que voltou a apelar à responsabilidade de cada cidadão no cumprimento das regras sanitárias de modo a travar a propagação das infeções pelo novo coronavírus.

O chefe do Governo referiu que "a única forma, a melhor forma que cada um de nós tem para poder ajudar aqueles que mais precisam da nossa ajuda, que são os que estão a dar o seu melhor para tratar dos seus doentes é tudo fazermos para não ficarmos doentes nem transmitirmos, ainda que involuntariamente, a doença a outras pessoas. Essa é a ajuda que podemos fazer", sublinhou.

A pandemia de covid-19 já causou pelo menos 1 255 803 mortos em todo o mundo desde que a doença foi conhecida em dezembro na China e até às 11:00 desta segunda-feira, segundo a AFP.

Mais de 50 376 020 casos de infeção foram registados desde o início da pandemia e pelo menos 32 718 100 pessoas foram consideradas curadas, adianta o balanço da agência de notícias francesa AFP.

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