Novos casos em queda. Foram menos 4441 do que na semana anterior

Em 24 horas, houve mais 4093 novos casos e 64 mortes no boletim deste domindo. Na comparação dos números desta semana com a anterior, houve menos casos, apesar de mais mortes, e o ritmo de internamentos está a cair, apesar de se ter alcançado um novo máximo nos cuidados intensivos.
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Portugal registou esta semana 34 041 novos casos de covid-19, menos 4441 do que na semana anterior. Contudo, o número de mortes aumentou. Foram mais 17 óbitos por causa do novo coronavírus reportadas nos boletins da Direção-geral da Saúde (DGS) de 23 a 29 de novembro em relação aos da semana de 16 a 22 de novembro.

Este domingo (29 de novembro) foram contabilizados mais 4093 casos e mais 64 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, segundo os dados do relatório de situação epidemiológica da DGC. Desde o início da pandemia, já houve 294 799 casos registados em Portugal e 4427 mortes.

Esta semana a média de casos diários foi de mais 4863, um valor mais baixo do que na semana anterior, quando houve confirmação de 38 782 casos e uma média diária de 5549.

Mas, no caso dos mortos, há um ligeiro aumento. Morreram desde segunda-feira 530 pessoas (numa média de quase 76 por dia), contra 513 na semana de 16 a 22 de novembro (74 por dia).

Na comparação entre as duas semanas, as melhores notícias vão para o ritmo de novos internamentos, com uma queda de uma média de mais 31,7 por dia na semana anterior para mais 13,4 diários nesta semana. Na prática, o relatório deste domingo apresenta mais 94 pessoas internadas do que o do domingo passado, sendo que nesse havia mais 222 do que no anterior.

Este domingo, foram registadas mais 90 internamentos, para um total que chega agora aos 3245, e mais sete em unidades de cuidados intensivos, para um novo máximo de 536.

Apesar desse novo máximo, os números semanais apontam também para um ritmo menor de novos internamentos. Na semana passada tinham sido mais 76 nestas unidades, enquanto nesta foram mais 45.

A nível dos casos recuperados, foram mais 36 615 esta semana (3259 só este domingo), numa média de 5230 por dia, enquanto na semana anterior tinham sido 34 324, ou 4903 por dia. Foram mais 2291 casos recuperados esta semana do que na anterior. Desde o início da pandemia, já recuperaram da doença 209 534 pessoas.

Na prática, o país tinha neste domingo 80 838 casos ativos, mais 770 do que em relação ao boletim divulgado no sábado. Há ainda 80 288 contactos em vigilância pelas autoridades, menos 197 em relação à véspera.

É a Norte que a pandemia é neste momento mais grave, com 2490 novos casos (61% do total a nível nacional registados neste domingo) e 31 das 64 mortes. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 979 novos casos e mais 22 mortos em 24 horas.

No Centro o aumento de casos é de 444, havendo ainda o registo de oito mortes. No Alentejo há mais 84 casos e duas mortes e no Algarve são mais 49 as infeções comprovadas e registou-se uma morte.

Nos Açores há mais 37 casos e na Madeira mais dez, não havendo mortes a registar nas duas regiões autónomas.

Entre as 64 novas vítimas de covid-19 registadas este domingo, 44 tinham mais de 80 anos, 11 tinham entre 70 e 79 anos, cinco entre 60 e 69 anos, três entre 50 e 59 anos e uma tinha entre 40 e 49 anos.

O Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) avisa que o relaxamento total das restrições para a covid-19 no Natal irá provocar um aumento dos internamentos na "primeira semana de janeiro", e pede limitações aos ajuntamentos.

"Se as medidas recentemente introduzidas forem levantadas a 21 de dezembro de 2020, prevemos que possa ocorrer um aumento das hospitalizações por covid-19 logo na primeira semana de janeiro de 2021", avisa o ECDC num relatório divulgado esta semana com projeções a curto prazo sobre a evolução da situação epidemiológica na União Europeia (UE).

Os especialistas europeus acreditam que viagens na UE durante as festas terão "pouco impacto" na propagação devido à "transmissão interna significativa" dentro dos países. E dizem que Portugal terá "níveis muito baixos" de novos casos se mantiver restrições.

A presidente do Comité Económico e Social Europeu (CESE), Christa Schweng, admitiu a possibilidade de uma empresa se negar a contratar um trabalhador que se recuse a ser vacinado contra a covid-19.

"Como empresário, posso decidir com quem assino um contrato", afirmou a austríaca Christa Schweng em entrevista à agência de notícias espanhola Efe.

No entanto, para a presidente da CESE, órgão consultivo da União Europeia que emite orientações às instituições comunitárias em representações de empresários, trabalhadores e organizações da sociedade civil, a vacina não deverá ser obrigatória.

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