Portugal regista o maior número de infeções da semana
Há mais 4935 novas infeções e mais 79 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, segundo os dados do relatório de situação da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira (4 de dezembro). Desde o início da pandemia, Portugal registou um total de 312 553 infeções e 4803 óbitos.
Em relação ao dia anterior regista-se um aumento de 1163 de novos casos e o mesmo número de óbitos. Na prática, este é o dia com mais infetados desta semana, sendo que desde segunda-feira que os números estavam abaixo dos quatro mil novos infetados.
O boletim desta sexta-feira volta a registar uma diminuição no número de internados, tendo nas últimas 24 horas deixado os hospitais 35 pessoas, totalizando agora 3295. Há ainda mais um doente nos cuidados intensivos, totalizando 526.
Por outro lado, foram dados como recuperados 5020 doentes, uma redução de 552 em relação ao dia de quinta-feira.
A região norte volta esta sexta-feira a estar acima das duas mil novas infeções, totalizando 2577 nas últimas 24 horas, às quais é preciso acrescentar 45 mortos.
Por sua vez, Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1508 novas infeções e mais 15 mortos, enquanto a região centro totalizou 626 novos casos e 14 óbitos.
Desta vez, a Madeira foi a única região do País sem qualquer óbito e com o menor número de casos (14).
No Algarve foram declaradas três mortes e mais 73 novos casos, no Alentejo morreu uma pessoa (111 novas infeções, enquanto nos Açores também foi declarado um óbito por covid-19, sendo que no arquipélago foram registados 26 novos casos.
Entretanto, a circulação entre concelhos no território continental está proibida entre as 23.00 horas desta sexta-feira e as 23.59 de terça-feira, com 10 exceções à medida prevista no estado de emergência, decretado devido à pandemia de covid-19.
De acordo com o decreto do Governo que regulamenta a aplicação do estado de emergência, será proibido circular para fora do concelho de domicílio entre as 23.00 de hoje e as 23.59 de terça-feira, "salvo por motivos de saúde ou por outros motivos de urgência imperiosa". Esta proibição já tinha sido aplicada na semana passada, entre sexta-feira, dia 27 de novembro, e a madrugada de quarta-feira, 2 de dezembro.
Existem 10 exceções à proibição de circulação entre concelhos de Portugal continental, nomeadamente as deslocações para desempenho de funções profissionais com declaração emitida pela entidade empregadora ou pelo próprio, no caso de trabalhadores independentes e empresários em nome individual.
O novo decreto do estado de emergência que na noite de quinta-feira foi enviado pelo Presidente da República ao Parlamento é exatamente igual no seu conteúdo ao que Marcelo Rebelo de Sousa enviou há duas semanas para os deputados aprovarem.
A única novidade é que, no presente decreto, Marcelo Rebelo de Sousa anuncia que "é previsível que esta renovação tenha de se estender pelo menos por um período até 7 de janeiro, permitindo desde já ao Governo prever e anunciar as medidas a tomar durante os períodos de Natal e Ano Novo".
Esta sexta-feira à tarde, este novo estado de emergência será discutido e aprovado pelos deputados.
A Autoridade Nacional do Medicamento recomendou esta sexta-feira a não utilização das máscaras de uso clínico, do fabricante Shantou T&K Medical equipment factory Co, Lda, depois de terem sido proibidas por incumprimento dos requisitos estabelecidos pela União Europeia.
O Infarmed destaca que não foram identificados em Portugal registos de comercialização de dispositivos médicos deste fabricante, mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no Espaço Económico Europeu, recomenda que os dispositivos supramencionados não sejam adquiridos nem utilizados.
Numa nota divulgada no site, o Infarmed refere que a autoridade competente alemã ordenou a proibição da comercialização e a recolha dos dispositivos médicos máscaras de uso clínico, do fabricante Shantou T&K Medical equipment factory Co., Lda, dado aquelas não cumprirem com os requisitos estabelecidos no Regulamento (UE) 2017/745 relativo aos dispositivos médicos.