Portugal com 49 379 infetados e 1705 mortos. Mais 229 casos e 370 recuperados

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde desta quinta-feira indica que há mais três mortes por covid-19 a registar. Há cinco dias consecutivos que Portugal reporta menos de 300 novos casos de infeção.
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Em Portugal, nas últimas 24 horas, registaram-se mais 229 novos casos de covid-19 (o que representa um aumento de 0,47%) e mais três mortes. O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta quinta-feira (23 de julho), indica que o país soma 49 379 infetados desde o início da pandemia e 1705 óbitos. Este é o quinto dia consecutivo em que Portugal reporta menos de 300 casos de infeção pelo novo coronavírus.

Há 431 doentes hospitalizados (menos oito em relação ao dia anterior) e mantêm-se as 59 pessoas em unidades de cuidados intensivos, registadas no boletim de quarta-feira.

A DGS indica que há mais 370 pessoas que recuperaram da doença, elevando para 34 369 o número total de recuperados.

Atualmente, registam-se 13.305 casos ativos em Portugal, menos 144 do que na quarta-feira.

Dos 229 novos casos, 172 verificam-se em Lisboa e Vale do Tejo, o que representa 75,1% do total nacional de novas infeções. A região soma agora 24.857 infetados desde o início da pandemia.

Dois dos três óbitos registados nas últimas 24 horas foram reportados em Lisboa e Vale do Tejo, que contabiliza, no total, 576 vítimas mortais.

A região Norte soma mais um óbito, elevando para 828 o número total de mortes em 18.415 casos confirmados (mais 25 do que na véspera).

Verificam-se mais oito casos na região centro, que soma agora 4387 infetados, mais 14 no Alentejo (653) e mais 10 no Algarve (806).

Nos Açores, nas últimas 24 horas, mantiveram-se o número de infetados (159) e de óbitos (15), tal como aconteceu na Madeira com 102 infetados e sem registo de mortes.

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.146), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (327), entre 60 e 69 anos (152) e entre 50 e 59 anos (55). Há 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, três entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos de idade.

Em termos de infetados, a faixa etária entre os 40 e os 49 anos foi a que registou um maior aumento de casos em relação a quarta-feira, com mais 45 novos casos de covid-19.

Em termos globais, há mais infetados na faixa etária entre 40 e 49 anos (8.170, mais 45 casos do que na quarta-feira) depois entre 30 e 39 anos (8.045, um aumento de 33 casos), 50 a 59 anos (7.515, mais 26), 20 e 29 anos (7.514, mais 43 casos), seguida das pessoas com mais de 80 anos (5.723, mais 13 do que no dia anterior).

O boletim da DGS indica que 1545 pessoas aguardam resultados laboratoriais e 34.966 estão em vigilância pelas autoridades de saúde.

Há 40 casos positivos numa empresa em Tomar

Dos surtos que se registam em Portugal, um que foi detetado esta semana no parque empresarial de Tomar. O foco foi detetado na terça-feira na empresa de transformação de carnes Ribasabores, onde 40 trabalhadores, num universo de cerca de 200 funcionários, testaram positivo, segundo a atualização feita, esta quinta-feira, pela presidente da autarquia, Anabela Freitas, à RTP.

Em comunicado, a Câmara de Tomar, no distrito de Santarém, referia, na quarta-feira, que "após proposta da delegada de saúde", foi decidido o "encerramento da empresa, depois de todos os trabalhadores realizarem testes" de despiste ao novo coronavírus.

Há também um surto na Lisnave, com 12 pessoas infetadas pelo novo coronavírus, de acordo com a atualização feita por Diogo Cruz, subdiretor Geral da Saúde, na quarta-feira, durante a conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal.

Comercialização de uma vacina só na segunda metade de 2021, diz OMS

Com o número de novos casos a aumentar em vários países e a possibilidade de surgir uma segunda onda de infeções, a esperança recai numa vacina que seja eficaz contra a doença causada pelo novo coronavírus.

O mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que existem 166 vacinas contra a covid-19 em desenvolvimento em todo o mundo. Há, pelo menos, 24 que foram registadas na fase clínica de testes em humanos.

Segundo a agência de saúde das Nações Unidas, de todas as vacinas em desenvolvimento, cinco já estão na sua terceira e última fase de estudo. É apenas depois dessa fase, que abrange um número maior de participantes, que uma vacina pode ou não ser licenciada e liberada para a comercialização.

Neste grupo estão as vacinas desenvolvidas pela Sinovac, Instituto Biológico de Wuhan/Sinopharm e Instituto Biológico de Pequim/Sinopharm (China), Oxford/AstraZeneca (Reino Unido) e Moderna/NIAID (Estados Unidos), embora esta última ainda não tenha começado a recrutar voluntários.

É somente nesta terceira fase que a eficácia da vacina é comprovada, ao ser ministrada a um grupo de milhares de voluntários antes de se considerar a comercialização em larga escala.

O responsável pelo programa de Emergências Sanitárias da OMS afirmou na quarta-feira que não haverá vacinas para a covid-19 antes da segunda metade de 2021, apesar de "sinais de esperança" nos testes clínicos.

Numa sessão de perguntas e respostas através da Internet, Michael Ryan afirmou que é preciso "realismo nas expectativas" em relação a uma vacina e que terão que ser tomadas "todas as precauções" para garantir que é absolutamente segura.

Europa ultrapassa os três milhões de infetados

Mais de três milhões de casos do novo coronavírus foram declarados oficialmente na Europa, mais da metade na Rússia, Reino Unido, Espanha e Itália, segundo uma contagem feita pela Agência France Presse (AFP) junto de fontes oficiais.

Os dados, que reportam às 08:00, indicam que a Europa registava 3.002.861 casos, para um total mundial de 15.237.784 infeções.

A Europa é o continente mais afetado em termos de número de mortes: 206.633 mortos, dos 626.994 registados em todo o mundo.

A Rússia, o país europeu com o maior número de casos (795.038 para 12.892 mortes), o Reino Unido (296.377 casos, 45.501 mortes), a Espanha (267.551, 28.426) e a Itália (245.032, 35.082) são os quatro países do continente que contam oficialmente com mais de 225.000 casos no seu território.

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