Pedrógão Grande: Dezasseis arguidos confirmados

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A Procuradoria da Comarca de Leiria anunciou esta sexta-feira que aumentou para 16 o número de arguidos no inquérito que investiga os incêndios de junho de 2017 em Pedrógão Grande, norte do distrito de Leiria, que provocaram 66 mortos.

"No âmbito do inquérito onde se investigam as circunstâncias que rodearam os incêndios de Pedrógão Grande, foram constituídos mais três arguidos. Assim, o processo tem, neste momento, 16 arguidos, todos pessoas singulares", refere a informação da Procuradoria hoje publicada no seu sítio na Internet.

A mesma nota reafirma que neste inquérito, dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, "estão em causa factos suscetíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência".

Entre os arguidos constituídos anteriormente no processo constam os ex-presidente da Câmara de Castanheira de Pera, Fernando Lopes, e o atual presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu. Os dois confirmaram que foram constituídos arguidos no inquérito. Também o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, e o segundo comandante distrital de Leiria, Mário Cerol, são arguidos tal como dois funcionários da empresa Ascendi Pinhal Interior.

Outros arguidos são Margarida Gonçalves, da Proteção Civil de Pedrógão, José Graça, vice-presidente da Câmara de Pedrógão e responsável pela gestão de combustíveis, António Castanheira, também da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, e Sérgio Gomes, comandante distrital de Leiria. Há ainda arguidos entre responsáveis por empresas que deviam ter feito a limpeza e a gestão de combustível.

Em junho a Procuradoria da Comarca de Leiria indicava que havia 12 assistentes no inquérito que previa estar finalizado no prazo de dois meses.

Os incêndios que deflagraram na zona de Pedrógão Grande, norte do distrito de Leiria, em junho de 2017, provocaram 66 mortos: a contabilização oficial assinalou 64 vítimas mortais, mas houve ainda registo de uma mulher que morreu atropelada ao fugir das chamas e uma outra que estava internada desde então, em Coimbra, e que acabou também por morrer. Houve ainda mais de 250 feridos.

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