Número de mortos do surto em Reguengos de Monsaraz sobe para quatro

Mulher de 91 morreu esta segunda-feira de manhã o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), onde se encontrava internada
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O número de vítimas mortais do surto de covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz (Évora) subiu esta segunda-feira para quatro com a morte de uma mulher de 91 anos, informou a câmara municipal.

A idosa, testada positiva à covid-19, morreu esta segunda-feira de manhã no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), onde se encontrava internada, de acordo com o mais recente boletim de atualização emitido pela Autoridade Municipal de Proteção Civil.

No sábado, uma mulher de 82 anos é a terceira vítima mortal do surto de covid-19 detetado na semana passada num lar de terceira idade em Reguengos de Monsaraz.

O boletim atualiza para 134 o total de casos ativos (mais seis do que no domingo) no surto detetado no dia 18 deste mês no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS).

"Neste momento o lar pode-se considerar hospital de retaguarda, visto que só estão nesta instituição os doentes que testaram positivo", afirmou na sexta-feira à TSF o presidente da autarquia, José Calixto, que fala numa situação complicada na instituição. Já na comunidade, a situação está mais tranquila, garante.

Na segunda-feira da semana passada, com 62 casos confirmados, as autoridades mandaram fechar as creches e escolas da cidade e, depois, todos os serviços públicos com atendimento presencial, caso das finanças, conservatórias, correios e tribunal. Vários lares em concelhos vizinhos de Reguengos de Monsaraz voltaram a suspender as visitas aos seus utentes, como medida preventiva.

IPSS preocupadas com a situação em Reguengos

A evolução da situação pandémica no Alentejo devia ser abordada, na sexta-feira à tarde, numa reunião "online" com a participação das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) dos distritos de Évora, Beja, Portalegre e do litoral alentejano, no distrito de Setúbal. Segundo afirmou à Lusa Tiago Abalroado, representante no Alentejo da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), a ideia é "fazer o diagnóstico da situação vivida no passado e da atual e ouvir as instituições".

"Queremos perceber quais é que são as medidas que estão a ser tomadas, ajudar a minimizar lacunas e traçar uma estratégia concertada para ultrapassar dificuldades", disse, realçando que "preocupa muito o estado anímico e psicológico dos utentes, podendo ser estudada uma solução partilhada para um maior apoio psicológico".

Tiago Abalroado admite existir um "sentimento de algum pânico" nas instituições na região face ao surto de Reguengos de Monsaraz, até porque não tinha havido, até agora, nenhum "caso assinalável" numa IPSS na região. O único caso registado aconteceu igualmente em Reguengos de Monsaraz, na localidade de Campinho, onde duas funcionárias deram positivo: "Só tivemos aquele caso no Campinho, mas as duas funcionárias foram logo para casa e, depois, não teve qualquer repercussão no quotidiano da instituição".

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