Mortes na estrada. Cada vez há mais condutores a conduzir com álcool

Num ano a percentagem de condutores que morreu num acidente e que tinha valor de álcool no sangue superior a 0,5 gramas por litro subiu cinco pontos. Muitos dos automobilistas acusaram taxa de álcool considerada crime
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Em 2017 35,5% dos condutores que morreram em acidentes de viação no ano passado tinham mais de 0,5 gramas de álcool por litro de sangue, o máximo permitido por lei. Um valor bastante acima dos 29,3% registado em 2016 e dos 31,8% de 2015.

Os dados apresentados pelo Jornal de Notícias mostram ainda que 70% do total de condutores alcoolizados tinha bebido o suficiente para que o teste de alcoolemia chegasse a uma taxa superior a 1,2 g/l. Ou seja, o valor a partir do qual é considerado taxa crime.

Os resultados enviados a este diário resultaram de informações avançadas pelo Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses que autopsiou 279 condutores. Mais de 99 automobilistas ultrapassavam a fasquia dos 0,5 g/l, dez tinham menos de 0,9 g/l, 20 com até 1,20 g/l e 69 condutores tinham mais de 1,2 gramas de álcool por litro de sangue, taxa que permitiria que fossem condenados a pena de prisão.

A região sul foi aquela onde mais pessoas com álcool no sangue estiveram envolvidas em acidentes, de acordo com os dados fornecidos ao JN pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, seguindo-se a zona centro e a norte.

No ano passado, 98 peões morreram na sequência de acidentes de viação, sendo que destes 17 tinham uma taxa de álcool superior a 0,5 g/l.

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