Mais 888 novos casos de covid-19 e seis mortes em Portugal nas últimas 24 horas
Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais seis pessoas e foram reportados 888 novos casos de covid-19 (um crescimento de 1,1% face a quinta-feira), segundo os dados do boletim epidemiológico da Direção-geral da Saúde (DGS), divulgado esta sexta-feira (2 de outubro). No total, desde o início da pandemia, registaram-se 77.284 infetados e 1.983 óbitos no país.
Há mais 422 pessoas recuperadas da doença, num total de 49.359, e Portugal tem agora 25.942 casos ativos (mais 460 do que na véspera).
O número de internamentos (682) mantém-se o mesmo em comparação com o dia anterior, tal como acontece em relação ao número de doentes hospitalizados nas unidades de cuidados intensivos (107)
Lisboa regista o maior número de novas infeções e o maior número de mortes. Foram reportados 381 novos casos, o que representa 43% do total nacional, e cinco dos seis óbitos ocorreram nesta região. No Norte há mais uma morte a registar e 363 novos diagnósticos de covid-19.
Das seis vítimas mortais, quatro tinham mais de 80 anos e duas tinham entre 70 e 79 anos.
Há mais 82 casos da doença no Centro, mais dois no Alentejo e mais 50 no Algarve. Há mais cinco infetados na Madeira e outros cinco nos Açores, indica ainda o relatório da DGS.
Esta sexta-feira, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) afirmou que o Plano para o Outono/Inverno das autoridades de saúde "uma desilusão" e cria expectativas "impossíveis de cumprir" nos Cuidados de Saúde Primários.
"É uma desilusão" porque "ignora as condições reais do trabalho nos cuidados de proximidade, sem uma única medida que concretize quais os novos recursos, particularmente humanos, para responder à maior carga de trabalho necessária", argumenta a Comissão Nacional de Medicina Geral e Familiar da FNAM em comunicado.
Por outro lado, afirma, o plano também não especifica qual o investimento previsto a nível de instalações e equipamentos que garantam a segurança, qualidade e eficiência indispensáveis nos Cuidados de Saúde Primários (CSP).
"Se a situação experienciada no Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente nas áreas da Medicina Geral e Familiar e Saúde Pública, já era algo preocupante" devido às "sobrecargas de trabalho progressivas" com listas de utentes "sobredimensionadas", entre outras causas, a epidemia da covid-19 tornou "ainda mais evidentes as carências" de recursos humanos, físicos, tecnológicos, de financiamento e problemas de organização e gestão.
A tudo isto acresce "um quadro crescente" de aposentações previstas para os próximos três, quatro anos, sublinha.
Também hoje ficou a saber-se que o Ministério Público (MP) constituiu arguida uma diretora técnica do Lar do Comércio, em Matosinhos, no distrito do Porto.
À Lusa, fonte da instituição disse que a própria instituição não foi constituída arguida no inquérito criminal em curso no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Matosinhos, mas admitiu que dirigentes do Lar venham a ser ouvidos pelo procurador.
O Lar do Comércio, em Matosinhos, que chegou a ser descontaminado pelo Exército Português, teve mais de 100 infetados com covid-19, 24 dos quais acabaram por morrer.
Na sequência, o MP instaurou um inquérito à situação no lar e um familiar de uma utente que morreu com covid-19 apresentou queixa, por alegada prática de vários crimes, requerendo a suspensão de funções dos órgãos sociais.
Sem sinais de abrandar, a pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 34 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
Os dados mais recentes, divulgados pelo Worldometer, indicam que foram infetados pela pandemia 34.534.040 infetados e que morreram 1.028.540 pessoas devido à covid-19. Há agora mais de 25,7 milhões de recuperados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Com Lusa