Mais 3 mortes e 390 casos de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas

O boletim epidemiológico da DGS revela ainda que estão hospitalizadas 337 pessoas (menos 13 que ontem), 41 estão nos cuidados intensivos (menos três). Há 177 surtos ativos em Portugal.
Publicado a
Atualizado a

Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais três pessoas e foram confirmados mais 390 casos de covid-19. Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira (2 de setembro), no total, desde que a pandemia começou, há exatamente seis meses, registaram-se 58 633 infetados, 42 233 recuperados (mais 129) e​ 1 827 vítimas mortais no país.

Há, neste momento, 14 573 doentes portugueses ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde, mais 258 do que ontem.

A região com o maior número de infetados nas últimas 24 horas é o Norte, que acrescentou 184 novas infeções (47% do total diário).

Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, onde há hoje mais 168 casos e onde se localizam os três óbitos nacionais do último dia: dois homens e uma mulher; todos entre os 70 e os 79 anos.

Na região Centro confirmaram-se mais 23 infeções pelo novo coronavírus, no Algarve foram mais 11, no Alentejo mais duas, nos Açores e na Madeira mais uma em cada um dos arquipélagos.

Nesta quarta-feira, estão internados 337 doentes (menos 13 que no dia anterior), e nos cuidados intensivos há agora 41 pessoas (menos três do que na véspera).

A taxa de letalidade global do país é hoje de 3,1%, subindo aos 15,2% no caso das pessoas com mais de 70 anos - as principais vítimas mortais.

O boletim da DGS de hoje indica ainda que as autoridades de saúde estão a vigiar 33 914 contactos de pessoas infetadas (menos 84 que ontem).

Há 177 surtos ativos em Portugal

O país tem agora 177 surtos ativos, atualizou a ministra da Saúde, Marta Temido, esta quarta-feira, em conferência de imprensa. Sendo que é no Norte que existe o maior número de cadeias de transmissão, neste momento: 86. O que "corresponde à região onde temos tido mais novos casos" e onde a preocupação aumenta, segundo a responsável pela pasta da Saúde.

Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 61 surtos ativos. Depois, o Algarve (com 12), o Centro e o Alentejo (com nove cada).

Quanto à taxa de incidência a sete dias é de 22,9 novos casos por cem mil habitantes e a 14 dias é de 38,2 novos casos por cem mil habitantes. "Portanto, taxas de incidência que registam uma tendência crescente", comenta Marta Temido.

Já o índice de transmissibilidade efetivo (mais conhecido com RT), entre 24 e 28 de agosto, foi calculado em 1,16; outro indicador com uma "tendência crescente".

6 meses depois do primeiro caso, "estamos melhor preparados para enfrentar um eventual recrudescimento da pandemia"

Esta quarta-feira assinalam-se seis meses desde o dia em que foram confirmados os dois primeiros casos de infeção de covid em Portugal e a ministra da Saúde aproveitou para fazer um balanço sobre estes meses. "Durante este período, o Sistema Nacional de Saúde garantiu a resposta às necessidades assistenciais de todos em Portugal", apontou Marta Temido, garantindo que "hoje estamos melhor preparados para enfrentar um eventual recrudescimento da pandemia. Temos mais recursos, mais organização, mais conhecimento".

A ministra lembra contudo que há, pela frente, um contexto "complexo", com o regresso às aulas, a gripe sazonal, o habitual acréscimo de mortalidade, sobretudo entre os mais idosos, nos meses de inverno, a necessidade de garantir outras respostas em saúde e as dificuldades económicas.

Por isso, "vale a pena manter a prevenção", defende, acresecentando que "até contarmos com a vacina ou com um tratamento eficaz, a melhor resposta depende mesmo de cada um de nós".

26 milhões de casos em todo o mundo

O novo coronavírus já infetou mais de 25,9 milhões de pessoas no mundo inteiro até esta quarta-feira e provocou 861 871 mortes, segundo dados oficiais. Há agora 18,2 milhões de recuperados.

No total, os Estados Unidos da América são o país com a maior concentração de casos (6 258 028) e de mortes (188 907). Em termos de número de infetados acumulados no mundo, seguem-se o Brasil (3 952 790), a Índia (3 773 483) e a Rússia (1 005 000). Portugal surge em 48.º lugar nesta tabela.

Quanto aos óbitos, depois dos Estados Unidos, o Brasil é a nação com mais mortes declaradas (122 681). Depois, a Índia (66 491) e o México (65 241).

Anticorpos duram pelo menos quatro meses

Os anticorpos que o corpo humano produz para combater o novo coronavírus duram pelo menos quatro meses depois do diagnóstico e não desaparecem rapidamente, ao contrário do que apontavam alguns estudos iniciais.

Um relatório, divulgado na terça-feira, de testes a mais de 30 mil pessoas na Islândia, é o trabalho mais extenso já feito sobre a resposta do sistema imunitário ao novo coronavírus e constitui uma boa notícia para os esforços de desenvolver uma vacina.

Se uma vacina puder estimular a produção de anticorpos duradouros, como as infeções naturais fazem, há esperança de que "a imunidade para este imprevisível e muito contagioso vírus possa não ser efémera", escreveram peritos independentes da Universidade de Harvard e dos Institutos de Saúde dos EUA, num comentário publicado com o estudo na New England Journal of Medicine.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt