31 mortes: o pior registo desde abril. Número de internados com novo recorde
Foram confirmadas mais 2899 infeções e 31 vítimas mortais por causa da pandemia de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas. Desde 3 de abril que não se registavam tantas mortes, nesse dia foram confirmados 37 óbitos.
Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (22 de outubro), no total, desde que a pandemia começou, registaram-se 112 440 infetados, 65 880 recuperados (mais 1349 do que na quinta-feira) e 2276 mortes no país.
Neste momento, há 44 284 doentes ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde (mais 1519 do que na véspera).
O Norte, que ultrapassou a barreira dos mil mortos (1001), volta a ser a região com o maior número de novos casos: foram reportados mais 1516, o que representa 52,3% do total nacional. Foram confirmados mais 918 diagnósticos de covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo, 364 no Centro, 53 no Alentejo, 38 no Algarve, oito na Madeira e dois nos Açores.
Há mais 53 pessoas hospitalizadas, o que eleva para 1418 o número de internados, um valor nunca antes registado desde o início da pandemia. Até agora o número mais elevado tinha sido registado ontem: 1365 doentes.
Dos doentes hospitalizados, 198 estão em unidades de cuidados intensivos (menos dois do que ontem).
Os óbitos registados nas últimas 24 horas ocorreram no Norte (14), Lisboa e Vale do Tejo (nove), Centro (cinco), Alentejo (dois) e no Algarve (1).
Sobre as vítimas mortais, 24 tinham mais de 80 anos, quatro tinham entre 70 e 79 anos, e três estavam entre os 60 e os 69 anos.
A taxa de letalidade global é de 2,02% e, acima dos 70 anos, situa-se nos 11,4%.
O boletim da DGS indica ainda que as autoridades de saúde têm 57 455 pessoas em vigilância, mais 1646 do que na quinta-feira.
Ontem, Portugal voltou a bater um recorde de novos casos em 24 horas. Foram confirmadas mais 3270 infeções e 16 vítimas mortais por causa da pandemia de covid-19. Prevendo-se, segundo a ministra da Saúde, Marta Temido, que "este número de casos ainda vá aumentar nos próximos dias".
Parlamento aprovou esta sexta-feira o uso obrigatório de máscara em espaços ao ar livre por um período de 70 dias.
A proposta, que resulta de um projeto de lei apresentado pelo PSD, teve os votos favoráveis dos sociais-democratas e socialistas, bem como do CDS e do PAN. BE, PCP, PEV e Joacine Katar Moreira abstiveram-se. Só a Iniciativa Liberal votou contra.
O diploma (que pode consultar AQUI) foi aprovado na generalidade, especialidade e votação final global, cumprindo num passo todo o processo legislativo na Assembleia da República, o que significa que seguirá para promulgação do Presidente da República já nos próximos dias. Se Marcelo o promulgar de imediato, a medida poderá entrar em vigor no decorrer da próxima semana.
A iniciativa do PSD surgiu na sequência da proposta de lei apresentada pelo Governo na semana passada, que pretendia tornar obrigatório quer o uso de máscara quer da aplicação informática StayAway Covid.
O Governo determinou na quinta-feira a proibição de circulação entre concelhos no fim de semana alargado que apanhará o feriado de Todos-os-Santos (1 de novembro), marcado pela tradição católica da deslocação das pessoas aos cemitérios para homenagearem os seus mortos.
A decisão foi tomada no Conselho de Ministros e irá vigorar no território continental no período entre as 00.00 de 30 de outubro (uma sexta-feira) e as 23.59 de dia 3 de novembro (a terça-feira seguinte).
"Cada cidadão não pode circular entre concelhos, como aconteceu no passado", revelou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. A ministra também afirmou que as "medidas de segurança" para os cemitérios são da competência das autarquias, não competindo ao Governo decretar o seu encerramento ou não.