O primeiro interrogatório judicial aos dois suspeitos da morte do triatleta Luís Grilo, a mulher Rosa Grilo e um homem, alegado cúmplice desta, prossegue no sábado no Tribunal de Vila Franca de Xira, disse esta sexta-feira a advogada dos arguidos..Tânia Reis indicou aos jornalistas, pelas 21:35, que Rosa Grilo prestou declarações à juíza de instrução criminal e que o seu interrogatório já terminou, acrescentando que às 09:30 de sábado está previsto começar o interrogatório judicial a António Joaquim, o qual também tem a intenção de falar à juíza Andreia Valadas. As medidas de coação devem ser conhecidas no sábado..Rosa Grilo, de 43 anos, e António Joaquim, de 42 anos, chegaram ao tribunal às 13:45 perante o olhar de dezenas de populares e algumas vaias e insultos..Ambos entraram por uma porta lateral do edifício, sob fortes medidas de segurança e um perímetro montado pela PSP..A mulher da vítima vinha de cara destapada e sem algemas, enquanto o homem com quem manteria um relacionamento amoroso, segundo a Polícia Judiciária (PJ), entrou no tribunal algemado, com a cara tapada pela camisola e uma maçã nas mãos..Os dois arguidos saíram do Tribunal de Vila Franca de Xira pelas 21:50 em dois carros descaracterizados da PJ..Ambos foram detidos na quarta-feira à noite pela PJ..Luís Grilo, de 50 anos, residente na localidade das Cachoeiras, no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, desapareceu em 16 de julho..O corpo do triatleta foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição mais de um mês depois do desaparecimento, no concelho de Avis, distrito de Portalegre, a mais de 130 quilómetros da sua casa..O cadáver estava perto de Alcôrrego, num caminho de terra batida, junto à Estrada Municipal 1070, por um popular que fazia uma caminhada na zona e que alertou o posto de Avis da GNR para esta ocorrência..Antes, o telemóvel da vítima tinha sido encontrado nos Casais da Marmeleira, a seis quilómetros de casa, já no concelho de Alenquer..Segundo a PJ, Luís Grilo foi morto com um tiro na cabeça, acrescentando que a arma de fogo já foi recuperada, bem como outros elementos de prova.."A investigação apurou que os factos terão ocorrido no passado dia 15 de julho, tendo a vítima sido atingida por um disparo de arma de fogo na caixa craniana, o qual lhe terá provocado a morte", indicou a PJ em comunicado divulgado na quinta-feira.