O maior evento de massas de sempre em Portugal

O cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, anunciou no Panamá que se esperam em Lisboa em 2022 "um a dois milhões" de peregrinos
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A organização da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), marcada para Lisboa em 2022, espera tornar a celebração no maior evento de massas alguma vez organizado em Portugal. Como sempre em todas as JMJ, o Papa estará presente.

Numa conferência de imprensa na Cidade do Panamá, o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente disse que o acontecimento está a ser dimensionado para receber entre "um a dois milhões" de peregrinos vindos de todo o mundo. Será "uma realização que há-de superar tudo quanto se espera", disse.

Segundo o DN apurou, a comissão organizadora deverá ser encabeçada pelo padre Américo Aguiar, atual presidente do Conselho de Administração da Rádio Renascença.

O prelado afirmou que o local central da edição da JMJ em Lisboa será na zona a norte do Parque das Nações, nas margens do Tejo, junto ao chamado Mar da Palha, apanhando também um bocado do concelho de Loures, num espaço desocupado entre os acessos à Ponte Vasco da Gama e o rio Trancão.

Aproveitou aliás para dizer que o perímetro do Mar da Palha "é semelhante" ao Mar da Galileia, nas margens do qual viveu Jesus.

Presente da conferência de imprensa, o presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse que para se acolher a JMJ em 2022 - onde se esperam "milhões de jovens" - se procederá uma operação de "requalificação" que depois se espera que tenha efeitos permanentes. Segundo acrescentou, a JMJ em Lisboa representará "um momento que transcenderá a Igreja Católica".

O Papa Francisco - que tratou por "Santo Padre" - tem-se destacado como "líder moral" na defesa de valores como os dos direitos dos refugiados, defesa dos mais pobres e combate às alterações climáticas e esses "são valores que unem crentes e não crentes", disse ainda o autarca.

D. Manuel Clemente, por seu turno, voltou a insistir na ideia de que Lisboa foi o palco escolhido para a próxima Jornada Mundial da Juventude por causa da proximidade da cidade (geográfica, histórica, cultural) em relação a África (onde a JMJ nunca se realizou).

"Estamos bem situados para fazer pontes com África", disse o cardeal patriarca de Lisboa, que acrescentou já ter falado com homólogos seus da lusofonia, em particular de Angola. Será "uma realização de nós todos", salientou. E "essa Lisboa do verão de 2022" será "um cais de embarque, desembarque e de retorno". Já para a sociedade portuguesa em geral, a Jornada Mundial da Juventude tentará ser "um motivo de beleza e de coisa construtiva".

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