O guarda prisional, de 52 anos, suspeito de homicídio por atropelamento de um agente da PSP em Évora, este fim de semana, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, revelou hoje à agência Lusa fonte policial..O suspeito esteve hoje a ser presente a um juiz de Instrução Criminal, desde perto das 14:30, na cidade alentejana, que decretou a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, segundo a mesma fonte..O homem "está indiciado da prática de três crimes", mais precisamente "homicídio qualificado, violência doméstica e ofensas à integridade física", ficando, assim, a aguardar o desenrolar do processo judicial no Estabelecimento Prisional de Évora, acrescentou..Um agente da PSP, de 45 anos, morreu na madrugada de domingo, às 00:54, no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), horas depois de ser atropelado por uma viatura alegadamente conduzida pelo guarda prisional, que fugiu e foi intercetado mais tarde pela GNR, já no concelho de Sintra (Lisboa)..A fonte policial contactada hoje pela Lusa disse que o alegado homicida, após o atropelamento e durante o trajeto até Sintra, "parou na GNR em Montemor-o-Novo invocando que tinha sido alvo de agressão por parte de indivíduos que estavam num quiosque", no Rossio de São Brás, em Évora.."Como a companheira apresentava ferimentos numa mão, foi-lhes sugerido que, primeiro, tinham de ir ao centro de Saúde" local "para receber tratamento, mas já não voltaram", pelo que "não foi apresentada qualquer queixa na GNR", acrescentou..No domingo, o Comando Nacional da PSP revelou, em comunicado, que o agente do Comando Distrital de Évora da Polícia não estava de serviço, no sábado à noite, mas interveio numa situação de violência doméstica que presenciou na rua, acabando por ser atropelado pelo alegado agressor..No Rossio de São Brás, às 21:45 de sábado, "ocorreu uma agressão a uma mulher, pelo seu companheiro", no âmbito da qual o homem "arrastou a mulher pelo chão e obrigou-a a entrar numa viatura", disse a PSP..O agente "interveio para fazer cessar o crime em curso", mas, "ao tentar impedir a fuga do agressor, o Polícia foi atropelado pela viatura" conduzida por agressor, "sendo arrastado cerca de 40 metros" pelo mesmo veículo, indicou..O Polícia ainda foi levado, "em estado muito grave", para o HESE, mas, "devido à gravidade das lesões sofridas na intervenção policial, acabou por falecer", às "00:54" de domingo..O alegado agressor da mulher e homicida do agente policial acabou por ser intercetado e detido, às 03:50, pela GNR, na freguesia de Ranholas, no concelho de Sintra, junto ao estabelecimento prisional local, onde trabalhava, revelou fonte da guarda, em declarações à Lusa, no domingo..O caso está entregue à Polícia Judiciária, que interrogou o guarda prisional, no domingo, tendo também já ouvido a mulher que terá sido agredida, que é "namorada" do suspeito, assim como diversas testemunhas das supostas agressões e atropelamento.