CP vai alugar comboios a diesel a Espanha para linhas do Oeste e Algarve
"Em articulação com as autoridades espanholas, vamos reforçar o aluguer de material circulante elétrico e a diesel, para repor o mais depressa possível todas as condições de circulação nas nossas linhas regionais", afirmou, em declarações aos jornalistas.
Falando em Marco de Canaveses, onde hoje foi consignada a empreitada de eletrificação da Linha do Douro, no valor de 10 milhões de euros, entre as estações de Caíde (Lousada) e Marco de Canaveses, o ministro reconheceu haver razões para os utentes estarem descontentes com o serviço prestado pela CP nas linhas férreas do Oeste e do Algarve.
Pedro Marques explicou que as perturbações decorrem das dificuldades que tem havido na manutenção do material circulante devido à insuficiência de recursos humanos na Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário - EMEF, situação que o atual Governo quer ver resolvida com a contratação de mais pessoal.
"Determinámos, em articulação com a CP, a contratação de mais 102 pessoas para a manutenção do material ferroviário. Tínhamos definido 50, percebemos a necessidade de reforçar essa capacidade e decidimos ontem, em definitivo da parte do Governo, duplicar essa contratação", anunciou.
O ministro sublinhou que "estas pessoas são contratadas para a manutenção do material circulante".
Pedro Marques previu que, "se tudo correr bem nos concursos, no último trimestre deste ano já estarão ao serviço na EMEF".
"Fará toda a diferença na disponibilidade do material circulante que já temos e que está agora eventualmente imobilizado ou em piores condições de circulação", assinalou.
Aos jornalistas, o ministro acrescentou que os problemas atuais naquelas linhas regionais ocorrem também porque não se procedeu, no passado, à eletrificação da infraestrutura.
Questionado, por outro lado, sobre os atrasos que se têm observado na circulação na Linha do Norte, o governante reconheceu as dificuldades, mas lembrou que se devem às obras que estão a decorrer na infraestrutura ferroviária.
"Continuaremos a explicar isto às pessoas e a pedir que compreendam que estamos a fazê-lo para que o futuro da Linha do Norte seja o comboio a circular ainda com melhores velocidades e com menos tempo de circulação, com mais segurança e com menos perturbações", comentou aos jornalistas.