País
04 setembro 2019 às 11h35

Subiu, caiu e capotou. Acidente de helicóptero com seis militares da GNR

Um ferido ligeiro em acidente com helicóptero em Pampilhosa da Serra que transportava uma equipa do GIPS da GNR. Associação preocupada com a cobertura do seguro

DN

Uma pessoa ficou ferida num acidente com um helicóptero de combate a incêndios quando este se preparava para sair de Pampilhosa da Serra, confirmou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra ao DN.

O helicóptero tinha acabado de descolar do Centro de Meios Aéreos de Pampilhosa da Serra levando a abordo seis militares do Grupo de Intervenção Prevenção e Socorro (GIPS) da GNR.

Por motivos ainda desconhecidos, quando descolou, perdeu altitude e caiu, capotando estrondosamente do solo.

Há apenas um ferido ligeiro a registar. Trata-se de um militar da equipa do GIPS que, segundo uma fonte da GNR que está a acompanhar a situação, se magoou num pé. Já foi, entretanto, levado para o hospital.

O helicóptero deveria socorrer um incêndio na região de Proença-a-Nova. O alerta foi dado às 10:50.

Segundo a página da Proteção Civil, para o local foram mobilizados 12 operacionais e cinco viaturas.

Militares sem seguro?

A Associação de Profissionais da Guarda (APG) tem tentado saber junto ao comando da GNR qual o estatuto dos Guardas dentro dos helicópteros, por causa da cobertura do seguro.

"Como não são considerados tripulantes nem passageiros, em casos como este o seguro não os abrange", salienta o presidente César Nogueira.

A APG já enviou dos ofícios ao comandante-geral, Botelho Miguel, a pedir esclarecimentos, mas ainda não foram dados.

"Esta Associação considera fundamental que seja definido o estatuto das equipas do GIPS no uso de meios aéreos, por ser fundamental para o bom desempenho da missão e, igualmente, garantidos os direitos dos profissional que a prestam", apela a APG.

Com este acidente, contabilizam-se pelo menos quatro desastres com helicópteros de combate a incêndios durante este ano, depois de se terem registado situações em Tomar, no distrito de Santarém (Castelo do Bode), na barragem do Beliche, no Algarve, e no Sabugal, distrito da Guarda.

Helicóptero já foi substituído por outro. "O helicóptero sofreu danos materiais significativos e já foi substituído por outro meio aéreo da mesma tipologia a operar a partir do CMA da Lousã, enquanto estiverem a ser apuradas as causas do acidente", informou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em comunicado, indicando que o helicóptero "pertencente ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais".