Mais 417 casos de covid-19 em Portugal. O maior número diário desde 9 de junho
Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreu mais uma pessoa e foram confirmados mais 417 casos de covid-19 (um aumento de 1,1%, em relação ao dia anterior). É o número mais elevado desde 9 de junho, quando foram contabilizados 421 novos infetados. Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (18 de junho), no total, desde que a pandemia começou registaram-se 38089 infetados, 24010 recuperados (mais 430) e 1524 vítimas mortais no país.
Ou seja, há, neste momento, 12 555 doentes portugueses ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde.
78% dos novos infetados têm residência na região de Lisboa e Vale do Tejo, tal como o único óbito (um homem com mais de 80 anos) registado nas últimas 24 horas. Ou seja, dos 417 novos infetados, 325 vivem na zona da Grande Lisboa. A segunda região com mais casos notificados desde ontem é o Algarve (mais 35 - número mais elevado desde o início da pandemia).
Há ainda 29 novos infetados no Norte, 21 no Centro e sete no Alentejo.
A taxa de letalidade global do país é hoje de 4%, sendo que sobe aos 17% entre as pessoas acima dos 70 anos - as principais vítimas mortais da covid.
Esta quinta-feira, estão internados 416 doentes (menos 19 que ontem), sendo que destes 67 encontram-se nos cuidados intensivos (menos dois).
Desde 11 de de junho que não havia tão poucas pessoas hospitalizadas por causa da pandemia. Nesse dia, estavam internados 415 cidadãos (70 em cuidados intensivos).
O boletim da DGS indica ainda que aguardam resultados laboratoriais 1337 pessoas e estão em vigilância pelas autoridades de saúde mais de 30 mil. O sintoma mais comum entre os infetados é a tosse (que afeta 38% dos doentes), seguida da febre (29%) e de dores musculares (21%).
Para o presidente da Ordem dos Médicos do Sul, Alexandre Valentim Lourenço, o Algarve não tem recursos humanos suficientes para lidar com uma situação epidemiológica como a que está a acontecer na Grande Lisboa. Por isso, defende medidas rigorosas durante o verão, caso apareçam mais surtos como o de Lagos, que já contabiliza cerca de 40 infetados, segundo um balanço feito esta quarta-feira.
A região regista hoje mais 35 casos positivos - o maior número diário desde que o novo coronavírus chegou a Portugal.
Com o verão à porta, o sul do país prepara-se para receber turistas estrangeiros e portugueses. Uma prova de fogo, segundo o presidente da Ordem dos Médicos do Sul, tendo em conta a falta de médicos crónica da região, que deverá ver-se agravada neste ano. Em entrevista ao DN, Alexandre Valentim Lourenço diz não ter tido conhecimento de um reforço nos recursos humanos algarvios antes da pandemia e antevê decisões políticas difíceis: "Estamos numa fase em que a tomada de decisões para bem da saúde pública pode ser dolorosa para economia e para o turismo nacional".
O novo coronavírus já infetou mais de 8,4 milhões de pessoas no mundo inteiro, até esta quinta-feira às 10:15, segundo dados oficiais. Há agora 4,4 milhões de recuperados e 451 831 mortes a registar.
Os Estados Unidos da América são o país com a maior concentração de casos (2 234 54) e de mortes (119 943). Em termos de número de infetados, seguem-se o Brasil (960 309) e a Rússia (561 091). Portugal surge em 32.º lugar nesta tabela.
Na China - país onde foi descoberto a covid no final do ano passado - foram confirmados mais 28 novos casos nas últimas 24 horas, 21 destes na capital. Em Pequim, o nível de emergência aumentou, uma vez que, desde há seis dias, foram notificados 158 infetados. A China tem agora 83 293 casos e 4 634 mortes relacionadas com o novo coronavírus.
É o 18.º país do mundo com mais óbitos. O primeiro são os Estados Unidos, depois o Brasil (46 665). Seguem-se o Reino Unido (42 153) e a Itália (34 448).