A incapacidade da gestão PSD/CDS/Moedas é notória – da sujidade das ruas à deficiente recolha do lixo, da falta de cuidado com o espaço público ao mau serviço prestado pela Carris, do caos no trânsito à degradação das escolas, da deterioração dos pavimentos e iluminação pública ao incumprimento da legislação do ruído, da escassez de espaços verdes à ausência de visão e planeamento urbanístico. Nada disto se apaga com propaganda ou floreados em vésperas de eleições. Moedas não merece uma segunda oportunidade. Verdade seja dita, as responsabilidades do PS também não podem ser apagadas. Tanto o PSD/CDS como o PS apoiaram a desregulação do mercado de arrendamento, com facilitação dos despejos e rendas sem limite. Incentivaram a especulação imobiliária. Aumentaram a pressão turística, com licenciamento irrestrito de unidades hoteleiras. Desinvestiram e desarticularam serviços municipais essenciais. Promoveram externalizações e clientelismos. Prescindiram de 270 M€ de receita municipal em quatro anos. Mais de metade desta verba foi para o bolso dos 10% de sujeitos passivos de IRS com maiores rendimentos da cidade. É mais do que se gastou na reabilitação dos bairros municipais, onde falta quase tudo e onde muita gente vive em condições indignas. Mais do que se investiu na Carris, na higiene e limpeza, nas escolas, no apoio à cultura e ao desporto. Não, Moedas não foi bloqueado pela oposição, como tantas vezes afirma. Teve todos os orçamentos viabilizados pelo PS, assim como outras importantes decisões. Cada voto que o PS teve em 2021 ajudou a viabilizar as medidas de Moedas desde então.E o futuro? Lisboa não está condenada nem à alternância sem alternativa, nem a ter de escolher o menor de dois males. Coisa que aliás, invariavelmente, tende a abrir a porta ao pior dos males. Pela sua ação, pela sua experiência, pelo seu projeto, pelo trabalho desenvolvido na oposição – crítico, atento, construtivo – a CDU é garantia de concretização de transformações necessárias em Lisboa. Somos um amplo movimento unitário e popular que converge nas eleições de 12 de outubro, mas que vai para além delas. Promoveremos um planeamento urbanístico democrático e transparente, que assuma o combate à especulação imobiliária, qualifique o espaço público e valorize a vida nos bairros. Dinamizaremos a oferta de habitação a custos acessíveis, mobilizando património público e cooperativas. Regularemos a pressão turística. Daremos centralidade ao transporte público, com a melhoria da oferta da Carris, mais horários, mais carreiras, mais rapidez e comodidade; a conversão da linha circular do metro numa linha em laço; e passos firmes na acessibilidade pedonal e nos modos suaves de transporte. Reforçaremos a infraestrutura verde, com medidas de combate às “ilhas de calor”, à poluição atmosférica e ao ruído. Dinamizaremos a cultura e o desporto, para todos, sem exclusões. Investiremos nas escolas e nos serviços públicos municipais, valorizando os seus trabalhadores. Reforçaremos respostas sociais e o apoio ao movimento associativo popular. Vereador e candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa