Nigéria – Futebol Feminino – Contra-Cultura-Contra-os-Sem-Cultura!

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Há um bid’há terrível, a acontecer no norte da Nigéria, que pode ser livremente traduzido por “inovação pornográfica e provocatória”, em quase “terras do Boko Haram”, e não do Islão, como insistem em dizer (eles). Antes, “terras do demo”, visto a partir da Lusitânia!

O facto: Não é que as catraias de Kwara, Estado Norte-Centro da Nigéria, estão a aderir como abelhas, a uma iniciativa comunitária da cidade de Ilorin, cuja “colmeia” tem o sugestivo nome Model Queens Football Academy!

Model Warrior, como mote na respectiva página Facebook, trata-se de facto do guerrear, da tal Geração Z, que começa a dar os sinais definitivos, que a partir de 2026, as brechas nos sistemas patriarcais, sobretudo os de raiz islâmica, facilmente serão “cracáveis”, através de adesões em massa, transmissão em directo e em anonimato. Fizeram filhos? Agora aturem-nos! A receita é simples e é esta. De tal forma, que haverá necessidade, mais cedo ou mais tarde, de estabelecerem turnos de vigilância às antenas das telecomunicações, o alvo mais simples dos islamistas, nas zonas mais remotas e de resultado mais prático e imediato possível. É aqui que está o segredo e a competição, para ambos os lados, o imediato. Ganha quem transmitir primeiro e onde não há imagem, não há notícia!

Quanto às raparigas, desaguam no colectivo do reconhecimento mútuo, do caminho e das ambições. Descobrem a competitividade, simulam a rasteira e contaminam-se de vontades, nas barbas dos mais velhos, que em pânico percebem tudo e nada podem fazer. São tantas, são todas e apoiadas pelos irmãos, que também têm espartilho!

O futebol, trata-se de um opio popular e transversal, que tem provado ter uma força mobilizadora irracional. Veja-se as recentes eleições no Benfica. O irracional, é não ver filas nas mesas de voto, das eleições a sério! A próxima revolução na União Europeia, será consolidar o que já foi tentado e naturalmente rejeitado por clubes pequenos, o Campeonato Europeu de Clubes, no modelo, primeira, segunda e terceira liga, como as nossas antigas divisões.

No caso em análise, trata-se de força mobilizadora e catalisadora da mudança, através do bid’há, a maldita “inovação” para os mais velhos. E o que nos parece simples, como “jogar com hijab ou sem ele, com leggings ou sem elas”, são precisamente estes os dilemas que criam o debate no balneário, acordando uma cabeça de 17 anos, para as diversas abordagens sobre o tema, que nada é a preto-e-branco, a importância das decisões, as consequências, a persistência, apesar do outro apontar tal como erro. Esta miúda, vai sair deste balneário mulher!

Politólogo/arabista

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Escreve de acordo com a antiga ortografia

Diário de Notícias
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