No passado 5 de fevereiro deste 2021, procedeu-se, em formato digital, ao lançamento da cátedra UNESCO - Educação e Ciência para o Desenvolvimento e Bem-Estar Humano - EDUWELL, com a presidência da professora doutora Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, e do professor doutor Carlos Salema, presidente atual da Academia. Na data em que o globo é objeto de uma desordem da relação entre os objetivos definidos depois da guerra, e capacidades desordenadas sobretudo pela pandemia, parece de receber com louvor e esperança uma iniciativa que encontra raiz em já antiga resolução da ONU..O objetivo da descolonização assumido pela ONU, na paz da Segunda Guerra Mundial, era, no pensamento expresso por vários responsáveis, uma paz global e desenvolvimento que considerasse o globo como uma terra única. Os factos conduziram a uma situação de desordem agravada em que todos os povos se encontram na área da saúde, e em cada dia sofrendo o enfraquecimento da economia, rodeada de acidentes crescentes. No documento desta iniciativa UNESCO salienta-se que "milhões de jovens no século XXI permanecem num estado de iliteracia ou não têm condições de acesso a um ensino superior de qualidade, aumentando o perigo de criação/aumento de desigualdades sociais no seio de países e entre países, dada a crescente necessidade de recursos a meios tecnológicos caros e a incompatibilidade entre o trabalho e a concretização de ações de formação. Tem havido avanços consideráveis nesta matéria mas permanecem ainda grandes lacunas que urge perceber..O primeiro curso (Ciências Sociais e Humanidades) desta cátedra, coordenado pela professora Isabel Maria Freitas Valente (Universidade de Coimbra), é o lançamento de uma inspiração, especialmente apoiada pelo presidente da Academia das Ciências e pela reitora da Universidade de Évora, que avaliam a capacidade de organização deste projeto, reconhecido pelo secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e demais intervenientes, todos louvando a devoção da autora, e secretária-geral da Academia das Ciências, professora doutora Maria Salomé Pais, saudada pela conclusão de cada interveniente, apoiante, com estas palavras: "Desejo que a cátedra se imponha como um lugar de referência para procurar as questões do desenvolvimento e do bem-estar, em particular no espaço da CPLP.".O número de investigadores, professores, que são portugueses ou dos territórios que se tornaram independentes usando a língua portuguesa, é um serviço de humanismo e esperança assumida de uma ordem, que, ao mesmo tempo, serve a partilha da solidariedade entre os povos. Este projeto, com a convicção, que tenho, de que "a língua portuguesa não é nossa, também é nossa", porque não há intervenção de autoridade que impeça "aceitação do dito e do ouvido de fontes que não existem em todos os territórios, e poucos da língua portuguesa que os identifica, o valor geral da unidade da língua mantém-se sem esquecer a debilidade de recursos e está pluralmente assumida, muito antes de Macron pedir ao povo francês e órgãos do poder de França uma reflexão comum para assumir a definição de um novo horizonte..O Instituto de Altos Estudos da Academia das Ciências assumiu a criação atual. A extensão da organização das Comunidades de Língua Portuguesa, em países estrangeiros, iniciativa que foi da Sociedade de Geografia, tinha a convicção de igual valor que parece definitivamente de novo implantado e apropriadamente usado como apoio nos valores da humanidade e do civismo. E não pretende ser um interesse simplesmente de membros da CPLP, porque é um dever assumido a prática internacional na esperança de que a decadência da ordem mundial seja refeita designadamente pelos conceitos de Jacques Barzun. De início, o separatismo foi possivelmente entendido como um estado de espírito duradoiro. Mas um exercício cuidadoso da relação do Ocidente e do mundo mostrará claramente que a maior criação política do Ocidente, a nação-estado, esteve largamente envolvida em conflitos. Não obstante as desordens que existem, na América Latina, nos EUA, nos oceanos, a CPLP encontrou uma iniciativa, vinda do saber, do civismo e da esperança, que também deverá ser um renascimento da solidariedade, ligada pelos congressos internacionais, que serão projetos iniciados pela Academia das Ciências e com aderentes de múltiplas origens marcadas pela língua portuguesa..Mas parece não poder ser dispensada qualquer das antigas soberanias de serem colaboradoras e criadoras de um novo presente, contribuindo também para que o Conselho de Segurança da ONU seja um instrumento de pacificação e não de aristocratização de meios usados pelo poder militar, a realidade exigente no passado de todos os poderes, que hoje lembra a relação avaliada entre o passado que se vai dolorosamente perdendo e a criação do futuro que necessita de reinvenção. Nesta data Gentili proclama "Educa Brasil", novos ares, visões inovadoras e procura de soluções movem os seres humanos na busca de seus anseios de aperfeiçoamento vivencial. Exigência a que corresponde o primeiro Museu da Língua Portuguesa, que a câmara municipal leva a cabo em Bragança.