André Ventura, líder do Chega.
André Ventura, líder do Chega. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Ventura diz que relação entre Montenegro e clientes da Spinumviva levanta "maiores suspeitas"

Líder do Chega pede esclarecimento rápido sobre "a real ligação entre o primeiro-ministro e estas empresas".
Publicado a
Atualizado a

O líder do Chega defendeu este sábado que deve ser rapidamente esclarecida “a real ligação” entre o primeiro-ministro e as empresas que trabalharam com a Spinumviva, considerando que esta relação levanta "as maiores suspeitas".

“Rapidamente temos de ser esclarecidos sobre a real ligação entre o primeiro-ministro e estas empresas, porque não é normal contratos de milhões estarem a ser distribuídos a pessoas com quem temos as maiores proximidades. Isso levanta as maiores suspeitas, sobretudo sobre quem tem de gerir a distribuição do dinheiro”, disse André Ventura, sustentando que “isto é o símbolo da corrupção e da promiscuidade”.

O presidente do Chega falava aos jornalistas na Nazaré, no distrito de Leiria, e reagia à notícia de quarta-feira do Expresso de que o primeiro-ministro entregou uma nova declaração à Entidade para a Transparência, referindo mais empresas com as quais a Spinumviva trabalhou e fê-lo na véspera do debate televisivo com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Hoje, o Correio da Manhã e a CNN Portugal referem que duas destas empresas, que já tinham relações com o Estado, conseguiram contratos de milhões de euros já durante o Governo liderado por Luís Montenegro.

Para André Ventura, “isto é da maior gravidade”, tendo em conta que estas entidades “aumentaram significativamente em alguns casos a relação com o Estado quando Luís Montenegro já era primeiro-ministro”.

“Temos um primeiro-ministro que tem uma empresa, porque a empresa é dele, que está a receber dinheiro de certas empresas, que por sua vez estão a receber dinheiro do Estado. Isto levanta as maiores suspeitas, a maior ideia de promiscuidade e de conluio”, frisou, considerando que “o país já está cansado”.

O presidente do Chega afirmou que se estava a pagar a um primeiro-ministro que também era empresário e que ganhava “muito mais dinheiro do que primeiro-ministro e estas empresas aparentemente estavam a beneficiar disso”.

André Ventura disse ainda que “isto é gravíssimo e está a atingir outro patamar que não é só o patamar político”.

André Ventura, líder do Chega.
"Não dependem de mim", diz Montenegro sobre contratos com o Estado de empresas que foram suas clientes
André Ventura, líder do Chega.
Pedro Nuno acusa Montenegro de atirar país para eleições por ter sido "apertado"

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt