Estava numa patrulha perto do número 102 dos Campos Elísios, onde se situa um centro cultural turco, quando um alegado membro do Estado Islâmico - já identificado como Karim Cheurfi - saiu de um Audi 80 com uma arma de guerra na mão e abriu fogo contra os agentes. Xavier Jugelé, de 37 anos, agente da autoridade, acabou por morrer na sequência dos disparos..O polícia, que em maio ia juntar-se à Judiciária francesa, tem sido alvo de inúmeras homenagens: esta sexta-feira, muitos agentes deixaram flores junto ao número 102 dos Campos Elísios em memória do colega, recordado pela coragem..Xavier era polícia em Paris, onde começou a carreira, há mais de seis anos, e foi um dos primeiro agentes a chegar ao Bataclan no dia do atentado que matou 90 pessoas, a 13 de novembro de 2015. Quase um ano depois, esteve no concerto de Sting, a 12 de novembro de 2016, na reabertura da sala de espetáculos..Na altura, Xavier Jugelé falou com a revista People. "Estou feliz por estar nesta reabertura tão simbólica. Estamos todos aqui como testemunhas e em defesa dos valores cívicos, em defesa da humanidade. Este concerto celebra a vida e diz 'não' aos terroristas", frisou..Era também um homem de causas: fazia parte de uma associação de direitos LGBT ligada à comunidade policial, a Flag. A mesma associação partilhou no Facebook uma pequena mensagem de homenagem ao polícia, vítima mortal do ataque da passada quinta-feira. "Nunca te esqueceremos, Xavier", lê-se na publicação..Este ano, Xavier já tinha recebido um louvor, depois de ajudar a evacuar, a 20 de janeiro, um prédio após uma explosão que destruiu dois andares do edifício, em Paris.