Intervenção estrangeira no país poderia ser pior que no Vietname, diz ministro venezuelano

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Jorge Arreaza, acusou os EUA e outros governos de estarem a "encorajar um golpe de Estado"
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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou esta terça-feira que, no caso de uma "intervenção" estrangeira, o seu país defender-se-á, alertando que as consequências poderiam ser piores do que o que ocorreu no Vietname.

"As nossas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, o nosso povo, as nossas milícias saberiam como resistir, saberiam como defender-se", disse Jorge Arreaza, em conferência de imprensa na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

O ministro dos Negócios Estrangeiros acusou os Estados Unidos da América e outros governos de estarem a "encorajar um golpe de Estado", deixando críticas ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que afirmou esta terça-feira que o seu homólogo da Venezuela, Nicolás Maduro, poderia ser "rapidamente derrubado" pelo exército venezuelano.

"O exemplo do Vietname talvez seja curto perante o que é capaz o povo da Venezuela quando decide, como fez há 200 anos, ser livre", frisou o ministro.

Jorge Arreaza condenou a intervenção de Donald Trump na ONU, afirmando que ao chefe de Estado norte-americano "apenas faltou agarrar na Carta das Nações Unidas e rasgá-la ou queimá-la".

"Estão de acordo com golpes militares, que deveria haver derramamento de sangue, que deveria haver morte e assassinatos na Venezuela", criticou.

O ministro lamentou também não ter podido participar numa reunião sobre migrantes venezuelanos organizada hoje pela Colômbia e na qual o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, interveio.

Arreaza, que tinha manifestado interesse em participar, não compareceu e disse que a equipa de Mike Pence tinha ordenado que ele não fosse autorizado a entrar na sala.

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