Trump vai aplicar mais sanções à Coreia do Norte

Presidente norte-americano confirmou a aplicação de novas sanções, que devem ser anunciadas em detalhe esta quinta-feira

O presidente dos Estados Unidos vai assinar uma ordem executiva que permite aplicar mais sanções à Coreia do Norte. As sanções serão anunciadas em detalhe esta quinta-feira, avança a agência Reuters. Os aliados dos EUA pediram um endurecimento das sanções internacionais para obrigar Pyongyang a abandonar o programa nuclear.

"A nova ordem executiva vai cortar as fontes de rendimento que patrocinam os esforços da Coreia do Norte para desenvolver as armas mais mortais para a humanidade", disse Trump aos jornalistas, segundo a Reuters.

Segundo a AP, as sanções vão afetar pessoas, empresas e bancos que financiem ou facilitem trocas comerciais com a Coreia do Norte.

A tensão entre Washington e Pyongyang adensou-se nas últimas semanas devido aos disparos de mísseis norte-coreanos, apesar da intensa pressão dos líderes mundiais, que têm apelado ao diálogo.

"Vamos aplicar mais sanções à Coreia do Norte", disse Trump, em resposta a uma questão durante uma reunião com o presidente afegão, Ashraf Ghani, em Nova York, à margem do encontro anual dos líderes mundiais em Nova Iorque para a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas.

Fonte da administração Trump disse à agência Reuters que o anúncio de Trump está relacionado com sanções mas não têm como alvo o petróleo.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, dará uma conferência de imprensa esta tarde - às 20:00 em Lisboa. Uma hora e meia depois, será a vez de Nikki Haley, a embaixadora dos EUA na ONU.

Na terça-feira, falando na Assembleia-Geral das Nações Unidas, Trump frisou que iria "destruir totalmente" a Coreia do Norte em caso de ameaçado e ironizou com a figura do líder norte-coreano, a quem chamou "rocket man" - homem foguete, numa tradução literal - devido aos sucessivos testes com mísseis balísticos.

Entretanto, a Coreia do Norte já reagiu a este discurso, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, que também se encontra em Nova Iorque a participar na Assembleia-Geral da ONU: "Há um ditado que diz que quando os cães ladram, a caravana passa. Se Trump pensa que nos assusta com o som de um cão a ladrar, então está a sonhar", disse Ri Yong-ho.

No passado dia 11 de setembro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, um novo conjunto de sanções contra a Coreia do Norte, em resposta ao último lançamento de um míssil norte-coreano que sobrevoou o território do Japão.

Coreia do Sul pede mais pressão sobre Pyongyang

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, instou hoje a comunidade internacional a aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte, mas sublinhou a necessidade de agir com cautela para evitar uma confrontação armada.

Discursando na Assembleia-Geral das Nações Unidas, Moon manifestou apoio a um endurecimento das sanções aplicadas ao regime de Pyongyang em resposta aos recentes ensaios nucleares.

O mundo, defendeu, deve "responder com firmeza até que a Coreia do Norte renuncie ao seu programa nuclear".

O presidente sul-coreano advertiu por outro lado que a questão deve ser gerida "de modo estável" para que a tensão não dispare e para evitar um conflito armado.

O Norte "deve deixar imediatamente de fazer escolhas imprudentes que podem levar ao seu isolamento e queda e escolher o caminho do diálogo", disse.

Com Lusa

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