Três russos e um ucraniano acusados por abater o voo MH17 da Malaysia Airlines

Equipa de investigadores apontou como responsáveis do ataque ao avião os russos Igor Girkin, Sergey Dubinsky e Oleg Pulatov e ainda o ucraniano Leonid Kharchenko que serão julgados em março de 2020.

A equipa internacional responsável pela investigação do ataque ao voo MH17 da Malaysian Airlines, no leste da Ucrânia, em julho de 2014, acusaram quatro pessoas, entre eles os russos Igor Girkin, Sergey Dubinsky e Oleg Pulatov e ainda o ucraniano Leonid Kharchenko, de estarem envolvidos na queda do avião.

O voo seguia de Amesterdão para Kuala Lumpur com 298 passageiros a bordo quando foi abatido na zona de conflito na Ucrânia, sendo que os investigadores culpam os separatistas apoiados pela Rússia, que terão atacado o avião com um míssil de fabrico russo.

O Boeing 777 caiu numa zona controlada pelos rebeldes ucranianos no auge do conflito entre as forças militares do governo e os separatistas. A Rússia recusou entretanto qualquer envolvimento no ataque e garantiu que o míssil foi disparado do território detido pelas forças ucranianas.

No entanto, a equipa de investigação composta por australianos, belgas, holandeses e ucranianos já tinha concluído que o míssil em causa pertencia à 53.ª Brigada Antiaérea do exército russo, na cidade de Kursk, situada a cerca de 400 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

Em declarações à BBC, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, lamentou que não tenha sido dada qualquer hipótese
à Rússia de fazer parte da equipa de investigadores, garantindo que a posição russa se mantém igual, ou seja, recusa todas as acusações de ser responsável pelo ataque.

Os quatro suspeitos agora acusados serão presentes a julgamento marcado para março de 2020. Entre os acusados está Igor Girkin, também conhecido como Igor Strelkov, que é o ex-líder dos rebeldes ucranianos pró-Rússia em Donetsk.

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