Primeiro-ministro diz que ataque junto ao Louvre tem "natureza terrorista"

Militar disparou contra um homem armado com um machete que tentava entrar no museu parisiense. Trump já comentou o ataque
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Um homem agrediu esta sexta-feira um militar que fazia segurança junto ao Museu do Louvre. Com um machete, feriu o soldado na cabeça, mas acabou por ser imobilizado por outro militar que abriu fogo, deixando-o gravemente ferido.

O indivíduo estaria a tentar entrar no Carrousel du Louvre, o centro comercial subterrâneo localizado por baixo do museu, através do qual é possível aceder ao Louvre. O primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, já admitiu que se trata "visivelmente" de um "ataque de natureza terrorista".

O agressor, que de acordo com o responsável da polícia de Paris, Michel Cadot, proferiu ameaças e gritou Allahu Akbar (Deus é grande, em árabe), foi atingido no abdómen, depois de a patrulha de quatro militares que o deteve ter tentado dominá-lo recorrendo a técnicas de combate. Quando puxou da faca de mato para neutralizar um dos soldados, um outro militar disparou. Uma fonte indicou à agência Reuters que foram disparados cinco tiros.

O ataque aconteceu perto das 10 da manhã em França, menos uma hora em Portugal continental. Uma segunda pessoa terá sido detida após o incidente. Foi entretanto aberta uma investigação por tentativa de homicídio e associação com organização terrorista.

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Segundo a BFMTV, o suspeito queria entrar no centro comercial com duas malas (outras fontes falam de mochilas) e os militares barraram-lhe o acesso. A brigada de minas e armadilhas esteve no local e a BMFTV diz que não foram encontrados explosivos. A identidade e nacionalidade do agressor ainda não são conhecidas, disse o porta-voz do ministro do Interior francês, Pierre-Henry Brandet, citado pela Reuters.

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No Twitter, o Ministério do Interior francês referiu um "acontecimento grave de segurança pública" junto ao Louvre, pedindo que fosse dada prioridade à intervenção das forças de segurança. O acesso ao local foi bloqueado pelas autoridades e os visitantes do Louvre foram retirados ordeiramente do interior do edifício, depois de lhes ter sido pedido que se deitassem no chão no momento em que foi dado o alerta para o ataque. Estariam cerca de 250 pessoas dentro do museu na altura.

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Uma porta-voz do museu disse à Reuters que o edifício foi fechado. O metro anunciou que, por motivos de segurança, a estação Palais Royal Musée do Louvre da linha 7 estava fechada ao público. A circulação foi entretanto restabelecida.

Hollande saúda coragem dos militares e Trump manda recado

Em comunicado, a presidência francesa saudou a "coragem e determinação" dos militares que travaram o atacante, tendo François Hollande repetido a mensagem através das redes sociais.

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Já o presidente norte-americano decidiu reagir ao episódio e escreveu no Twitter uma espécie de recado para os EUA. "Um novo terrorista islâmico radical acaba de atacar o Museu do Louvre em Paris. Os turistas ficaram lá fechados. A França mais uma vez no limite. Sejam espertos, EUA".

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