Tempestade no sudeste de França faz quatro mortos

As violentas tempestades na Côte d'Azur mataram quatro pessoas. Os níveis de água descem lentamente nas áreas afetadas por fortes chuvas e inundações.
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Após horas de buscas, "os serviços de segurança e salvamento envolvidos nas inundações do Var descobriram, em Tanneron, dois cadáveres e o veículo" de um casal de septuagenários que estava desaparecido desde sábado, anunciaram as autoridades do departamento do Var na noite de domingo.

As duas mortes somam-se à morte de um homem encontrado em Muy (Var), que fazia parte de um grupo de três pessoas que seguia numa embarcação que se virou com a forte ondulação. As outras pessoas foram resgatadas por bombeiros no sábado à noite. Um homem de 50 anos foi também encontrado morto num carro em Cabasse (Var), outra zona afetada pelo mau tempo.

Ainda há uma pessoa desaparecida em Saint-Antonin-du-Var, um septuagenário que, apesar das fortes chuvas, saiu de casa na noite de sexta para sábado.

Os departamentos dos Alpes Marítimos e do Var foram afetados por fortes chuvas com ondas impressionantes na costa entre sexta-feira e domingo e muitos rios transbordaram. Em alguns lugares do Var, o equivalente a dois a três meses de chuva caiu em 24 a 48 horas, no que foi apelidado de "episódio mediterrânico".

Toda a área tinha sido colocada em alerta vermelho pelo instituto meteorológico francês. As sirenes chegaram a soar em Nice e em Cannes para manter os habitantes em casa.

Salvamento de burros

As equipas de salvamento foram também chamadas a salvar animais. Foi o caso da burra Laurette, encontrada soterrada na lama, apenas com a cabeça de fora. A intervenção da equipa especializada em resgate animal salvaram-na, bem como à sua filha, Pâquerette.

No total, os bombeiros do Var e dos Alpes Marítimos realizaram cerca de 2.000 operações de socorro e salvamento, incluindo 171 operações de helicópteros durante a noite para salvar pessoas ameaçadas pelas ondas, disse o ministro do Interior Christophe Castaner.

O ministro do Interior destacou o facto de o nível da construção ter acrescentado o risco de inundações. "O Var e os Alpes Marítimos, por exemplo, são departamentos que em poucos anos duplicaram as superfícies impermeabilizadas, o que tem necessariamente consequências."

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