São suspeitos de terrorismo, mas podem legalmente comprar armas nos EUA

Senado norte-americano rejeitou novas restrições à venda de armas
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O Senado norte-americano rejeitou uma proposta democrata destinada a generalizar as verificações de antecedentes criminais ou psiquiátricos antes da venda de armas de fogo.

A câmara alta do Congresso, de maioria republicana, decidiu a medida oito dias após o tiroteio em Orlando, que provocou 49 mortos. O grupo republicano votou contra a medida, que os democratas insistem em aprovar desde há vários anos.

Nos EUA, a venda de armas de fogo está sujeita a atribuição de licença pelo governo federal e as pessoas com problemas psiquiátricos ou condenadas por crimes graves podem ser impedidas de comprar armamento, mas o senado rejeitou uma generalização da verificação dos antecedentes de cada um, recusando igualmente que a compra de armas seja vetada àqueles que estão sob vigilância das autoridades por suspeitas de terrorismo. Na lista de suspeitos por ligações terroristas os EUA têm, neste momento, cerca de um milhão de pessoas.

Generalizar a verificação de antecedentes permitiria cobrir um hiato na legislação que possibilita, por exemplo, que qualquer pessoa compre uma arma numa mostra de armamento ou online, a um vendedor privado e sem qualquer licença.

Os republicanos recusaram as alterações à legislação propostas pelos democratas alegando que iriam violar o direito constitucional que tem cada cidadão ao porte de arma: a preocupação sublinhada pelo partido relaciona-se com a possibilidade de os norte-americanos erradamente referidos nas listas de suspeitos de terrorismo, por exemplo, ficassem impedidos de exercer o seu direito de comprar uma arma.

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