Singapura paga para os cidadãos terem filhos durante a pandemia
País tem uma das taxas de natalidade mais baixas do mundo. Cada família já recebe 6200 euros por filho, entre outros incentivos.
Singapura quer amenizar a fraca taxa de natalidade - uma das mais baixas do mundo - durante a pandemia. O país asiático com 5, 6 milhões de habitantes decidiu por isso oferecer um incentivo financeiro à população para que tenham filhos.
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De acordo com a CNN, o governo teme que haja uma quebra na natalidade devido à instabilidade económica provocada pelo novo vírus. "Temos recebido informações de que a covid-19 está a fazer que alguns pais adiem ter filhos", justificou o governo quando anunciou o novo bónus, cujo valor ainda não foi revelado. No entanto, e tendo em conta que Singapura já conta com outros apoios para quem tenha filhos, como o incentivo de cerca de 6200 euros para quem tenha um bebé, o valor deverá ser de alguns milhares de euros.
A média de nascimentos no território é de 1,14 por mulher, segundo os dados mais recentes, datados de 2018. Números que os colocam ao nível de Hong Kong, de acordo com o Banco Mundial. Só a Coreia do Sul e Porto Rico têm taxas mais baixas. "Como muitos países desenvolvidos, os principais desafios populacionais de Singapura são nossa baixa fertilidade e o envelhecimento da população", escreveu o governo num relatório de 2011, explicando o objetivo de alcançar uma população sustentável, que ajude ao crescimento económico e à coesão social, para que " Singapura continue vibrante e habitável."
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O país evitou o pior da pandemia global, isolando os casos suspeitos precocemente, impondo bloqueios rígidos quando os surtos apareceram, usando inovações tecnológicas para criar uma rede de rastreamento de contactos. Apenas 27 pessoas morreram como resultado da covid-19, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.