"Sexo é ilegal?" Reino Unido proibiu visitas a casa e deixou britânicos indignados

Decisão do governo britânico foi ridicularizada e obrigou o executivo a ter de esclarecer se estava mesmo a interditar o sexo entre casais que não vivam juntos.
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O Reino Unido começou um desconfinamento gradual na segunda-feira e uma das novas medidas permite ajuntamentos até seis pessoas em espaços públicos mas proíbe que duas pessoas se encontrem em espaços fechados.

A proibição causou polémica e obrigou o executivo britânico a ter de explicar se estava a proibir que um casal de namorados tenha sexo em espaços interiores se não partilhar a mesma habitação.

A medida foi denunciada por alguns meios de comunicação como uma "proibição do sexo" e a hashtag #sexban tornou-se tendência no Twitter. Muitas pessoas fizeram piadas sobre a autorização do governo que parece permitir relações sexuais ao ar livre mas não em casa.

Houve quem recordasse o caso de Dominic Cummings, assessor de Boris Johnson, que furou as regras da quarentena para ir visitar os filhos, e quem questionasse mesmo ao Governo se as novas regras significam um convite aos encontros sexuais ao ar livre: "Quer dizer que só é permitido ter sexo ar livre a quem não partilhar a mesma casa?"

"O objetivo de todas estas medidas é proteger a saúde pública e reduzir as taxas de infeção", defendeu o ministro da Habitação, Simon Clarke, na rádio privada LBC, citada pela Reuters.

"É de suma importância que as pessoas fiquem nas suas casas e que não tenhamos nenhum risco adicional de transmissão e este é obviamente um passo fundamental para o alcançar", afirmou Clarke.

"É justo dizer que o risco de transmissão do coronavírus ao ar livre é muito menor do que nos espaços fechados", acrescentou, mas "obviamente não incentivamos as pessoas a fazer algo assim [sexo] no exterior, neste momento ou em qualquer outro", respondeu o ministro.

Quem infringir as novas regras terá que pagar uma multa de 100 libras ( 112 euros), embora o governo tenha dito que a polícia não pode entrar em residências a não ser que suspeite de uma "atividade criminosa grave".

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