Seul condena "duramente" o novo lançamento de míssil por Pyongyang

O Governo sul-coreano condenou hoje duramente o novo lançamento de um míssil intercontinental (ICBM) realizado pela Coreia do Norte e alertou que o regime vai enfrentar "isolamento diplomático e pressão económica" se continuar a realizar testes de armamento.
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"O Governo condena duramente esta última provocação, que constitui uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e representa uma grave ameaça para a paz e segurança, não apenas na região, mas em todo o planeta", explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano em comunicado.

"A Coreia do Norte devia ter em mente que o que vai obter com as suas contínuas provocações será apenas isolamento diplomático e pressão económica", acrescenta o comunicado.

O exército sul-coreano disparou o seu segundo ICBM às 23:11 de sexta-feira (15:41 em Lisboa) a partir da aldeia de Mupyong, província de Chagang, na fronteira com a China.

O Hwasong-14 voou 998 quilómetros durante 47 minutos e alcançou uma altitude máxima de 3.724,9 quilómetros antes de cair no mar do Japão, segundo os 'media' estatais norte-coreanos, uma informação que corresponde aos dados do exército sul-coreano.

"O Governo (sul-coreano) vai continuar a reforçar a sua cooperação com a comunidade internacional, incluindo o Conselho de Segurança, de modo a que esta última provocação possa obter uma resposta severa", indica o comunicado de Seul, que ainda assim mantém a oferta de diálogo apresentada na semana passada a Pyongyang.

"Como parte responsável e diretamente implicada, continuaremos a trabalhar de forma incansável no sentido da desnuclearização" da península coreana.

Pyongyang não se pronunciou sobre a proposta de realização de conversações militares apresentada pelo Governo do Presidente Moon Jae-in, com o objetivo de aliviar as tensões.

Os contínuos testes de armamento de Pyongyang -- o de sexta-feira foi o 11.º este ano -- elevaram a tensão na península coreana e endureceram a retórica da Administração Trump, que insinuou a possibilidade de realizar ataques preventivos contra a Coreia do Norte.

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