Russos marcham em memória de opositor assassinado há dois anos

Boris Nemtsov, antigo vice-primeiro-ministro de Boris Yeltsin e um dos mais virulentos críticos do Presidente Vladimir Putin, foi morto a tiro perto do Kremlin
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Milhares de pessoas marcharam hoje em Moscovo em memória de Boris Nemtsov, um dos líderes da oposição russa que foi assassinado há dois anos.

Boris Nemtsov, antigo vice-primeiro-ministro de Boris Yeltsin e um dos mais virulentos críticos do Presidente Vladimir Putin, foi morto a tiro perto do Kremlin, enquanto caminhava com a sua namorada, em 27 de fevereiro de 2015.

"Viemos para prestar homenagem à honestidade e à coragem de Boris Nemtsov", disse à agência francesa de notícias AFP Galina Zolina, uma reformada, que segurava um ramo de cravos vermelhos.

"Queremos mostrar às autoridades que nós não esquecemos", acrescentou Galina Zolina.

A iniciativa de hoje, que reuniu cerca de 15.000 pessoas, segundo os organizadores, foi autorizada e acompanhada por um forte esquema policial.

A marcha, no entanto, não estava autorizada a passar pelo memorial improvisado erguido em memória de Nemtsov, que as autoridades já tentaram desmantelar. A polícia, em vão, tentou afastar os manifestantes do local.

Os manifestantes criticaram igualmente a intervenção russa no leste da Ucrânia, situação a que Nemtsov também se opunha.

Cinco chechenos, incluindo um membro de uma unidade de elite do ministério do Interior da Chechénia, estão a ser julgados por assassínio do opositor, pelo qual teriam sido pagos 15 milhões de rublos (250.000 euros).

O mandante do assassínio do líder da oposição continua a ser poupado pela justiça. Para os familiares de Nemtsov, Ramzan Kadyrov, homem forte da Chechénia e leal ao Kremlin, seria o responsável pela ordem do crime.

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