Primeiro caso de infeção por coronavírus em Londres

Sobe para nove o número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus no Reino Unido.
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Foi confirmado esta quarta-feira o primeiro caso de coronavírus (Covid-19) em Londres, avançou a Sky News. Eleva-se assim para nove o número de pessoas infetadas no Reino Unido pelo novo vírus, detetado em dezembro do ano passado na cidade chinesa de Wuhan. O diretor-geral da Saúde britânico, Chris Whitty, informou, depois, que é uma doente que foi infetada na China, tendo sido "transferida para o hospital Guy's and St Thomas", no sul no Londres.

De acordo com fontes citadas pela BBC, a mulher terá desenvolvido sintomas após chegar ao aeroporto de Heathrow, num voo proveniente da China, contactou a linha de emergência do serviço nacional britânico e as análises que realizou deram positivo para Covid-19.

A notícia de um nono caso no Reino Unido surge no mesmo dia em que foi divulgada uma declaração da primeira pessoa diagnosticada com Covid-19 no Reino Unido. Depois de semanas de isolamento e tratamento, Steve Walsh, de 53 anos, teve alta hospitalar.

"Feliz por estar de volta a casa", afirmou o britânico que foi infetado durante uma viagem de negócios a Singapura. Walsh está associado a outras cinco pessoas que foram diagnosticadas com o Covid-19. Não representa "nenhum risco para o público", assegurou o serviço nacional de saúde britânico.

Entretanto, as últimas análises feitas aos 83 cidadãos britânicos repatriados da China deram negativo, pelo que o Ministério da Saúde britânico indicou que termina amanhã o período de duas semanas de quarentena a que estavam sujeitos no hospital de Arrowe Park, em Wirral, nos arredores de Liverpool.

O surto que começou na China já fez mais de mil mortos e o número de infetados ultrapassa os 44 mil. Há mais de 20 países afetados.

De acordo com as autoridades de saúde de Pequim, o número total de mortos nas últimas 24 horas foi de 97.

Ainda é "muito cedo" para prever o fim desta epidemia, diz OMS

O balanço é superior ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.

O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, atinge também a região chinesa de Macau (8 casos de infeção, porque dois tiveram hoje alta) e mais de duas dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350.

Esta quarta-feiraa Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que ainda é "muito cedo" para prever o fim desta epidemia. "Penso que é muito cedo para tentar prever o início, o meio ou o fim dessa epidemia", disse o chefe do departamento de urgências de saúde da OMS, Michael Ryan, em conferência de imprensa na sede da organização em Genebra, onde estão reunidos centenas de especialistas na busca de uma forma de conter o coronavírus.

A epidemia motivou a marcação para esta quinta-feira, em Bruxelas, de uma reunião de urgência de ministros de Saúde da União Europeia.

Atualizada às 20:22

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