"Organizador" de atentado retira confissão de culpa
"Não estou contra a minha detenção, mas nunca disse que participara na explosão. Participei, mas não diretamente", disse Abror Azímov, detido na segunda-feira na região de Moscovo como suspeito de organizar o atentado suicida, segundo os 'media' locais.
[citacao:Deram-me ordens. Não estava consciente de que era cúmplice de uma ação terrorista]
O suspeito, cidadão russo, embora oriundo da Ásia Central, não revelou a identidade da pessoa que lhe deu a alegada ordem.
Antes da audiência, o advogado do suspeito, Armén Zadoyán, dissera à imprensa que o seu cliente, reconhecia a sua culpa "na sua totalidade".
Azímov, de 27 anos, é suspeito de terrorismo e posse ilegal de substâncias explosivas.
Segundo o Serviço Federal de Segurança (FSB, que sucedeu ao KGB), Azímov preparou o terrorista suicida Akbarjon Djalilov, de 22 anos e natural do Quirguistão, que supostamente morreu no ataque.
[citacao:Segundo o FSB, pelo menos oito outras pessoas foram detidas na sequência do atentado]
O Presidente russo, Vladimir Putin, já admitiu que as medidas para enfrentar o terrorismo continuam pouco eficazes, reconhecendo que a melhor prova da falta de eficácia é o atentado contra o metro na sua cidade natal.
A Rússia não sofria um atentado desta magnitude no seu território desde dezembro de 2013, quando dois suicidas mataram 34 pessoas numa estação de comboios e num autocarro em Volgogrado, antiga Estalinegrado.