Pedro Sánchez vai a Barcelona visitar polícias feridos

O primeiro-ministro espanhol estará segunda-feira na capital catalã, para visitar os polícias feridos durante os últimos dias de violência. Sánchez exige ao líder catalão Quim Torra que condene publicamente os desacatos
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Preparada na maior discrição, para evitar eventuais encontros com protestos de independentistas, a viagem do primeiro-ministro tem o propósito anunciado de visitar os polícias feridos durante os últimos dias de violência na capital catalã, numa homenagem que serve também para reafirmar a autoridade de Madrid no coração da Catalunha.

O chefe do executivo espanhol divulgou simultaneamente uma carta que enviou ao presidente do Governo Regional Quim Torra, exigindo que tome posição pública contra a violência, e deixando claro que não falará com ele - nem se encontrará com ele em Barcelona - enquanto isso não suceder, noticia o diário espanhol El País.

Torra tentou várias sem sucesso contactar Sánchez por telefone nos últimos dias. Face ao silêncio do chefe do governo espanhol, o presidente do governo catalão acabou por enviar-lhe uma carta lamentando o silêncio e acusando o governo nacional de falta de diálogo com a Catalunha.

Durante uma declaração à imprensa, ao lado do seu vice-presidente, Pere Aragonés, o chefe do governo catalão exigiu que Pedro Sánchez "fixe um dia e hora" para se sentar à mesa das negociações. "É a sua responsabilidade e obrigação. É mais urgente que nunca. Há muito tempo que reclamos uma resolução política para o conflito", afirmou.

Em resposta, Pedro Sánchez endurece a sua posição e reafirma a autoridade de Madrid deslocando-se esta segunda-feira ao coração da Catalunha, onde os protesto não dão sinais de abrandar.

O fim-de-semana ficou marcado por mais manifestações e confrontos com a polícia e 24 pessoas estão em prisão preventiva na sequência de atos violentos durante os protestos.

Entre os polícias feridos, estão dois agentes da Polícia Nacional com ferimentos graves. Um terceiro agente permanece numa unidade de cuidados intensivos em estado muito grave devido a uma fratura na base do crânio que afeta duas vértebras e causa complicações respiratórias. A sua situação piorou devido a problemas pulmonares.

Os distúrbios em Barcelona começaram há uma semana, na segunda-feira, depois de terem sido conhecidas as sentenças contra os principais políticos catalães responsáveis pela tentativa de independência, em outubro de 2017, condenados a penas de prisão entre nove e 13 anos de prisão.

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