Na última reunião do Fórum Económico Mundial em Davos, em janeiro passado, só 18% dos participantes eram mulheres. Essa poderá ser uma das razões para a próxima edição contar com sete mulheres na co-presidência do evento que junta a elite das finanças mundiais na estância de esqui suíça em finais de janeiro..O painel pretende "refletir os participantes", explicou o Fórum Económico Mundial, sem referir o género das co-presidentes, encarregues de estabelecer o programa do evento e liderar as discussões. A encabeçar o grupo - que vai trabalhar com o presidente do Fórum, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e ex-secretário-geral da Cruz Vermelha norueguesa, Borge Brende - estão precisamente a primeira-ministra do mesmo país, Erna Solberg, e a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. A elas juntam-se ainda Sharn Burrow, secretária-geral da Confederação Internacional de Sindicatos, a física italiana Fabiola Gianotti, diretora-geral da Organização Europeia para a Análise Nuclear, Isabelle Kocher, conselheira delegada da empresa energética francesa ENGIE, Ginni Rometty, presidente executiva da IBM, e a indiana Chetna Sinha, presidente do banco de microcrédito Mann Deshi..O tema da 48.ª edição do Fórum, que se realiza entre 23 e 26 de janeiro de 2018 é "explorar as causas e soluções que enfrenta a sociedade global". Esperam-se mais de três mil participantes de cem países diferentes..O próprio Fórum, num relatório divulgado no início do mês, revela que seriam necessários 217 anos para as mulheres ganharem tanto como os homens e terem representação igual nos locais de trabalho, revelando uma disparidade salarial de 58%. As mulheres representa 40% da força de trabalho em termos globais, mas em zonas como o Médio Oriente são apenas 22% dos trabalhadores.