Melania Trump exige demissão de alto quadro da Casa Branca

Gabinete da primeira-dama dos EUA assumiu publicamente a demissão da conselheira adjunta de segurança nacional de Donald Trump.
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Donald Trump, que já sofreu um inusitado número de demissões na sua Administração ao fim de dois anos no cargo, viu agora a sua mulher exigir publicamente a demissão de um dos principais responsáveis pela segurança nacional dos EUA.

Num gesto considerado extraordinário pela imprensa norte-americana face aos padrões tradicionais da vida política norte-americana, o gabinete da primeira-dama dos EUA, Melania Trump, declarou que a conselheira adjunta de segurança nacional, Mira Ricardel, "já não merece a honra de servir a Casa Branca".

O comunicado veio a público horas depois de começarem a circular informações sobre a demissão de Mira Ricardel após sete meses no cargo e depois de há dois anos, após a vitória de Donald Trump, ter entrado em choque com o designado ministro da Defesa, general Jim Mattis, tentando condicionar as escolhas dos adjuntos do militar no Pentágono.

Na base da exigência de Melania Trump, que já a tinha transmitido a Donald Trump, esteve a atitude confrontacional que Mira Ricardel adotou face ao seu gabinete aquando da recente visita que fez a África - incluindo o corte de apoios do Conselho de Segurança Nacional e até sobre a ocupação de lugares a bordo do avião, de acordo com a CNN.

Mira Ricardel, que integrara a equipa de transição de Trump antes da posse do novo presidente dos EUA, é uma das principais aliadas de John Bolton - uma figura controversa nos círculos da diplomacia, defesa e segurança dos EUA pelas posições duras que defende há anos e que ficou bem conhecido pela defesa acérrima da guerra do Iraque em 2003.

Segundo a Reuters, Ricardel também entrou em choque com grande parte do pessoal afeto ao Conselho de Segurança Nacional e com o próprio chefe de gabinete de Donald Trump, general John Kelly.

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