Macron admite referendo sobre exigências dos coletes amarelos

Journal du Dimanche avançou que o presidente francês pretende submeter reivindicações dos coletes amarelos a referendo. A consulta popular pode coincidir com as eleições europeias, que em França, tal como em Portugal, decorrem a 26 de maio

"Tomaremos todas as medidas necessárias. As hipóteses de haver um referendo a 26 de maio são bastante elevadas", disse fonte do governo francês, citada, este fim de semana, pelo jornal semanário francês Journal du Dimache. A consulta, destinada a medir o pulso dos franceses sobre as reivindicações dos coletes amarelos, poderá assim coincidir com as eleições europeias, que em França, tal como em Portugal, se realizam a 26 de maio.

A acontecer, o referendo seria o culminar do "grande debate nacional" iniciado em França pelo chefe do Estado francês, na sequência do início dos protestos do chamado movimento dos coletes amarelos. Tais protestos obrigaram Macron, um liberal reformista, a fazer concessões, como cortes nos impostos e aumento do salário mínimo nacional.

Entre as questões que poderiam ser apresentadas neste referendo, estão a da necessidade, ou não, de reduzir o número de deputados que existem em França na Assembleia Nacional. Esta notícia surge numa altura em que o país se prepara para uma greve, esta terça-feira, convocada pela CGT em solidariedade para com os coletes amarelos. Esta central sindical propõe inclusivamente que, todas as semanas, haja uma "terça-feira de urgência social".

Numa altura em que a popularidade de Macron caiu, em 12 meses, dos 47% para os 27,7%, alguns media questionam-se se, mais uma vez, o referendo não poderá ser usado como arma política. Sobretudo os media britânicos, por causa do referendo do Brexit, tantas vezes criticado, precisamente pelo presidente de França, como um ato de irresponsabilidade, sobretudo da parte do ex-primeiro-ministro do Reino Unido David Cameron, do Partido Conservador.

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