Líder do PSOE elogia políticas e solução do governo chefiado por António Costa
O líder socialista espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, fez hoje rasgados elogios à solução governativa portuguesa, afirmando total consonância de objetivos económicos e sociais com o primeiro-ministro, António Costa, tendo como base um acordo político entre forças "progressistas".
Pedro Sánchez falava após ter estado reunido cerca de hora e meia na sede nacional do PS com António Costa, que não prestou declarações aos jornalistas.
"Tal como Portugal, também a Espanha precisa de uma mudança e de um Governo progressista, com capacidade de diálogo, capaz de impulsionar o crescimento económico, combater as injustiças sociais, aumentando as pensões, o salário mínimo e os rendimentos dos funcionários públicos. Partilhamos os objetivos do Governo português de António Costa", declarou o líder do PSOE.
Pedro Sánchez chegou às 14.35 horas à sede nacional do PS, onde foi recebido calorosamente, logo à entrada, por António Costa, que soltou em castelhano um "então hombre".
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"Olá primeiro-ministro", respondeu o líder socialista espanhol, que ainda ouviu um elogio de António Costa sobre a sua recente prestação política na campanha das eleições gerais em Espanha: "Estiveste muito bem", comentou o secretário-geral do PS.
O PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) foi o segundo partido mais votado nas eleições de dezembro passado, que foram ganhas pelo PP (Partido Popular), embora longe da maioria absoluta.
A vitória curta do PP (123 deputados) abriu caminho a um eventual acordo do PSOE de Pedro Sánchez (90 deputados) com outras forças de esquerda, como o Podemos e os independentistas catalães da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC,) para afastar a direita do governo, que ocupa desde 2011).
Os "barões" do PSOE - na Andaluzia ou na Extremadura - afirmaram após as eleições que os socialistas não devem "entrar em aventuras", formando um governo a quatro ou a cinco partidos. Rejeitam sobretudo uma das "linhas vermelhas" do Podemos: Reformar a constituição para permitir um referendo sobre a independência, mas apenas na Catalunha.