Liberais sobem e extrema-direita desce na Dinamarca
Os partidos dinamarqueses que integram o grupo dos liberais no Parlamento Europeu deverão eleger seis deputados, o dobro, pois até agora havia apenas três eleitos dinamarqueses, vindos de dois partidos pró-UE, no grupo do ALDE.
Estes são resultados de uma sondagem Epinion, citada pela DR.dk, a qual aponta para uma descida do Partido Popular Dinamarquês, que integra a aliança de extrema-direita, populista e nacionalista de Matteo Salvini, devendo esta perder um eurodeputado em relação às eleições de 2014, ou seja, elegerá três.
Os sociais-democratas, revela o mesmo estudo de opinião, conseguirão eleger quatro eurodeputados. Os conservadores que há cinco anos elegeram um deputado agora não terão nenhum representante em Bruxelas e Estrasburgo.
A Dinamarca, país que tem direito a eleger 13 eurodeputados nestas eleições europeias, vota no domingo. No dia 5 de junho, os dinamarqueses voltam às urnas para votar em eleições legislativas.
Assinale-se que a comissária dinamarquesa, Margrethe Vestager, responsável pela pasta da Concorrência, é a candidata do ALDE à presidência da Comissão Europeia. Este grupo, liderado pelo ex-primeiro-ministro belga Guy Verhofstad, poderá aumentar consideravelmente após as eleições europeias. É esperada uma subida de eurodeputados de partidos como os liberais-democratas no Reino Unido ou o Ciudadanos em Espanha.
ALDE é a sigla de Aliança de Liberais e Democratas pela Europa, mas Verhofstad demonstrou-se disponível para tirar o liberal, por forma a acomodar os eleitos do La Republique en Marche do presidente francês Emmanuel Macron. Este defende uma aliança de progressistas por um Renascimento da Europa, com o apoio, declarado, de líderes europeus como o primeiro-ministro português e líder do Partido Socialista António Costa.
Este grupo pretende ser um contraponto ao grupo de nacionalistas, populistas e extremistas de direita no Parlamento Europeu, compostos pela Liga de Salvini, a União Nacional de Le Pen ou a Alternativa para a Alemanha, entre outros, podendo vir a contar com o Fidesz, do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, atualmente suspenso do Partido Popular Europeu.