Junker e Georgieva já falaram sobre candidatura à ONU
A Comissão Europeia confirma que a eventual candidatura da comissária búlgara ao lugar de secretária-geral da ONU já foi "discutida" ao mais alto nível no executivo comunitário. Jean-Claude Juncker tem "uma grande admiração" pelo perfil de Georgieva.
Abordada ao início da tarde, na conferência de imprensa diária, sobre a possibilidade da comissária já estar a fazer contactos para conseguir apoios e que um desses apoios é o do antigo presidente da Comissão, Durão Barroso, a porta-voz não confirma, dizendo que não passa de um "rumor".
"Não creio que caiba à Comissão fazer comentário sobre qualquer conspiração, teorias ou rumores que aparecem na imprensa - não o fazemos na sala de imprensa, nem onde quer que seja, na verdade", disse a porta-voz, Mina Andreeva.
Mina Andreeva diz que não é à possibilidade de aparecer uma candidatura de Georgieva à liderança da ONU a que se refere quando fala em rumor e conspiração.
"Referia-me mais ao que diz respeito aos comentários de que ela ou o antigo presidente Barroso tem feito um périplo a pressionar [para que Georgieva seja secretária-geral da ONU]. Isso, para mim, é quanto muito um rumor", considerou.
Kristalina Georgieva, que integrou o executivo comunitário liderado por Durão Barroso, entre 2010 e 2014, como comissária do Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, já abordou Jean-Claude Juncker sobre a possibilidade do tema da candidatura, ao lugar disputado pelo português António Guterres, "poder aparecer".
"Posso confirmar que, na verdade, o presidente e a vice-presidente Georgieva discutiram a possibilidade que essa questão possa aparecer. Mas, de momento, como já disse, a comissária Georgieva está plenamente focada no trabalho dela, disse a porta-voz, salientando a "grande admiração" que o presidente tem pelo perfil da sua actual comissária.
"O presidente tem uma grande admiração pela experiência internacional, capacidade de negociação e a capacidade de trabalho da senhora Georgieva, especialmente nestes tempos da crise de refugiados, em que ela organiza, a toda a hora, o orçamento necessário para que possamos gerir a crise de refugiados", adiantou.
*Em Bruxelas