Itália tem menos mortes diárias, mas aumenta número de novas infeções
Itália registou 525 mortes com covid-19 nas últimas 24 horas, um número ligeiramente inferior ao de quarta-feira (578), que confirma a tendência de estabilização da situação nos últimos dias.
Em sentido contrário foram registados 3786 novos casos de infetados pelo novo coronavírus em Itália, o maior salto em quatro dias, fazendo subir o número total de pessoas com a doença covid-19 no país para 168 941.
O número total de mortes com covid-19 em Itália é agora de 22 170.
A pressão sobre os hospitais italianos diminuiu, com menos 750 camas hospitalares ocupadas, incluindo menos 143 em cuidados intensivos, cuja ocupação caiu para menos de 3000, pela primeira vez desde 21 de março.
A virologista Andrea Crisanti, que lidera os trabalhos de combate à pandemia na região de Véneto, disse esta quinta-feira que serão necessárias mais duas semanas de medidas de contenção rigorosas antes de poder ser esperada uma queda significativa no número de mortes e de infeções, no país que é considerado o epicentro da pandemia na Europa.
"Ainda estamos a sentir os resultados do que aconteceu nas últimas quatro ou cinco semanas", disse a especialista, referindo-se à propagação do vírus em Itália.
O presidente do Instituto Italiano de Saúde, Sílvio Bursaferro, confirmou esta quinta-feira a tendência de queda nos números em Itália, mas foi cauteloso relativamente ao retirar das medidas de austeridade, dizendo que o risco de contaminação no território ainda é muito elevado.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.