Irmão e sobrinho de Ban Ki-moon acusados de suborno nos Estados Unidos
As autoridades federais norte-americanas acusaram um irmão e um sobrinho do ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon por tentativa de suborno de um funcionário de um país do Médio Oriente para negócio imobiliário.
Em 2013, Ban Ki-sang, irmão de Ban Ki-moon, executivo da empresa sul-coreana Keangnam tinha como objetivo vender o edifício Landmark 72, em Hanói, no Vietnam, por 800 milhões de dólares para solucionar problemas de contabilidade da firma.
Para executar o negócio, Ban Ki-sang contratou o filho, Joo Hyun Bahn, sobrinho do ex-secretário-geral das Nações Unidas, e que trabalhava como mediador financeiro em Nova Iorque.
De acordo com a acusação anunciada na terça-feira pelas autoridades federais dos Estados Unidos, Ban Ki-sang e Joo Hyun Bahn estabeleceram contactos com Malcolm Harris que se apresentou como "agente de um funcionário" de um país do Médio Oriente, interessado na operação.
Pai e filho concordaram em subornar Harris através do pagamento de 2,5 milhões de dólares (2,3 milhões de euros, tendo adiantado 500.000 dólares.
Em troca, Macolm Haris deveria adquirir o imóvel de Hanói através de um fundo de investimento, refere a acusação.
Alegadamente, Harris não tinha qualquer ligação com o "funcionário" do Médio Oriente e ficou com os 500.00 dólares dos sul-coreanos.
As autoridades norte-americanas acusam também o irmão de Ban Ki-moon de ter roubado 225.000 dólares, capital que a empresa Keangman tinha adiantado a uma empresa de intermediários como valor correspondente à comissão sobre o negócio do edifício.
Joo Hyun Bahn foi detido na terça-feira em New Jersey, Estado de Nova Iorque, e Ban Ki-sang e Malcolm Harris são considerados como "foragidos" pela justiça norte-americana.
Segundo as autoridades federais, os implicados podem vir a ser condenados a "vários anos de prisão" nos Estados Unidos, caso se venham a provar os factos.