Interpol pressiona chineses para saber onde está o seu presidente
Meng Hongwei, diretor da Interpol desde novembro de 2016, desapareceu durante uma visita à China
A Interpol, organização internacional de polícia criminal com sede em Lyon, França, indicou que pediu informações à China sobre o desaparecimento do seu diretor, Meng Hongwei, através do Twitter.
"A Interpol pediu através dos canais oficiais esclarecimentos às autoridades chinesas sobre o presidente Meng Hongwei. O secretariado da Interpol aguarda uma resposta oficial por parte das autoridades chinesas sobre a situação do presidente", indicou a Interpol numa breve declaração publicada na sua página daquela rede social.
Ex-membro do Partido Comunista Chinês e ex-vice-ministro da Segurança Pública na China, Meng Hongwei, de 64 anos, deixou de dar notícias desde que partiu de Lyon rumo à China a 29 de setembro.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
O alerta foi dado pela mulher do diretor da Interpol, o primeiro chinês à frente da organização, estando as autoridades francesas também a investigar o caso e em comunicação constante com as autoridades chinesas.
Segundo o Ministério do Interior francês, citado pela agência Reuters, a mulher de Meng Hongwei disse ter recebido também ameaças, tanto via telefone como através das redes sociais.
De acordo com South China Morning Post, jornal com base em Hong Kong, o diretor da Interpol, foi levado pelas autoridades para ser interrogado assim que chegou a território chinês.
Natural de Harbin, Meng Hongwei formou-se em Direito, na Universidade de Pequim. Na capital chinesa, precisamente, decorreu na semana passada a 86.ª Assembleia Geral da Interpol.
A sessão de abertura contou com a intervenção do presidente da China, Xi Jinping, o qual garantiu que o seu país quer trabalhar com outros países e organizações para alcançar "a segurança mundial".