Trump nega, mas senador confirma uso de linguagem "vil e racista"

O presidente norte-americano admitiu ter usado palavras "duras", mas negou ter dito que El Salvador, Haiti e várias nações africanas são "países de merda".
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O senador democrata Dick Durbin confirmou que o presidente norte-americano usou a expressão "países de merda" para se referir ao Haiti, El Salvador e várias nações africanas, depois de Donald Trump ter negado no Twitter o uso desse tipo de linguagem. "Ele disse essas coisas cheias de ódio, e disse-as repetidamente", indicou Durbin.

"Ao longo dos seus comentários ele disse coisas que eram cheias de ódio, vis e racistas. Não acredito que na história da Casa Branca, na Sala Oval, outro presidente tenha alguma vez usado as palavras que eu pessoalmente ouvi o nosso presidente dizer", acrescentou o senador, o único democrata presente na reunião sobre a reforma imigratória.

Durbin falou aos jornalistas depois de Trump ter negado no Twitter o uso da expressão "países de merda". Na rede social, Trump admitiu que usou no encontro palavras "duras", mas que "não foi essa a linguagem" que usou. "O que foi realmente duro foi a bizarra proposta apresentada", garantiu.

O presidente dos EUA teria recorrido ao calão, com a expressão "shithole countries", depois de dois senadores lhe terem apresentado um projeto de lei migratório ao abrigo do qual seriam concedidos vistos a alguns cidadãos de países que foram recentemente retirados do Estatuto de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês), como El Salvador, Haiti, Nicarágua e Sudão. "Por que razão temos todas estas pessoas de países de merda a virem para aqui?", afirmou Donald Trump,

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